ATA DA QUINQUAGÉSIMA
SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 06-6-2013.
Aos seis dias do mês de
junho do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores
Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Bernardino
Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Fernanda
Melchionna, Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Luiza
Neves, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Paulinho Motorista, Paulo
Brum, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum,
o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão,
compareceram os vereadores Elizandro Sabino, Idenir Cecchim, João Derly,
Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mônica Leal, Nereu
D'Avila, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Valter Nagelstein e Waldir
Canal. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Clàudio Janta, em tempo
cedido pelo vereador Dr. Thiago, Mario Fraga, em tempo cedido pelo vereador
Elizandro Sabino, Luiza Neves, Séfora Mota, Alberto Kopittke, em tempo cedido
pelo vereador Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Alceu Brasinha, Idenir Cecchim
e Sofia Cavedon. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Jussara
Cony, Any Ortiz, Mario Fraga, Mônica Leal e Idenir Cecchim. Após, foi apregoado
o Ofício nº 690/13, do senhor Prefeito, encaminhando o Projeto de Lei do
Executivo nº 018/13 (processo nº 1890/13). Em GRANDE EXPEDIENTE,
pronunciaram-se os vereadores Airto Ferronato e Mauro Pinheiro, este em tempo
cedido pelo vereador Alberto Kopittke. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se
os vereadores Tarciso Flecha Negra, Airto Ferronato, Clàudio Janta, Alberto
Kopittke e Reginaldo Pujol e as vereadoras Sofia Cavedon e Fernanda Melchionna.
Na oportunidade, a senhora Presidenta informou que se encontra na Procuradoria
da Prefeitura Municipal, relatório de inspeção interna da Companhia de
Processamento de Dados do Município de Porto Alegre – PROCEMPA –, o qual poderá
ser acessado pelos senhores vereadores, a partir do encaminhamento de
solicitação formal. A seguir, foram apregoados o Memorando nº 040/13, de
autoria do vereador Clàudio Janta, e Memorandos s/nº, de autoria da vereadora
Fernanda Melchionna e dos vereadores Mario Fraga e Mauro Pinheiro, solicitando
cópia desse Relatório acerca da PROCEMPA. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
014/13, discutido pelos vereadores Reginaldo Pujol e Mauro Pinheiro, os Projetos de Lei do Legislativo nos
058 e 064/13, discutidos pelo vereador Mauro Pinheiro; em 2ª Sessão, o Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 005/13, discutido pelo vereador Mario
Fraga, os Projetos de Lei do Legislativo nos 029, 065, 111 e 087/13,
este discutido pelo vereador Mario Fraga, o Projeto de Resolução nº 011/13,
discutido pelos vereadores Mario Fraga e Reginaldo Pujol. Durante a Sessão, os
vereadores Clàudio Janta, Reginaldo Pujol e Airto Ferronato manifestaram-se
acerca de assuntos diversos. Às dezessete horas e onze minutos, o senhor
Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores
para a Sessão Ordinária da
próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos
vereadores Bernardino Vendruscolo, Sofia Cavedon, Mario Fraga, Fernanda
Melchionna e Clàudio Janta e secretariados pela vereadora Sofia Cavedon. Do que
foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada
pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Passamos às
O Ver. Clàudio Janta está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Dr. Thiago.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Boa-tarde, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores de Porto Alegre, Ver.
Bernardino Vendruscolo, que hoje dirige os trabalhos, pois o nosso Presidente
está em representação desta Casa; esta Câmara de Vereadores vem se destacando
por tratar problemas sérios da nossa Cidade, problemas de grande relevância e,
principalmente, por procurar soluções para melhorar a vida do povo de Porto
Alegre, para melhorar a vida dos trabalhadores, para melhorar a vida da
população desta Cidade. E uma delas tem sido a questão de melhorar o sistema de
transporte em Porto Alegre, melhorar o sistema que permite que as pessoas, que
os trabalhadores cheguem no seu horário de trabalho, que os trabalhadores
possam usufruir o seu horário de trabalho. Ainda ontem, a nossa Bancada,
composta por mim, pelo Delegado Cleiton, pela Ver.ª Luiza, pelo nosso Líder
Márcio Bins Ely, pelo Ver. Nereu D’Avila, pelo Ver. Dr. Thiago, e pelo Ver.
Mario Fraga – teve uma reunião importante com um setor produtivo desta Cidade,
que representa 50% da mão de obra produtiva de Porto Alegre, que é o setor de
comércio de que eu faço parte. Esse setor tem grandes reivindicações de
mobilidade desta Cidade, e essas reivindicações passam pelo sistema de
transporte coletivo de Porto Alegre, que ganhou mais uma isenção, Ver.ª
Fernanda, e está para ganhar mais outra isenção da Prefeitura. Ou seja, ganhou
mais isenções do Governo e ainda fica chantageando
a população, a Prefeitura e esta Câmara de Vereadores quando diz que pode haver
um colapso no transporte coletivo de Porto Alegre; um transporte que é uma
concessão pública, que tem que ser de qualidade, que tem que dar condições e
atender às necessidades dos trabalhadores, ou de quem tem que se locomover na
nossa Cidade.
Além disso, temos a
questão dos táxis. Dizem que tem que aumentar o seu número, porque não os
encontramos. Mas já está difícil de se locomover na Cidade, de chegar nos
lugares. Antes demorava 10, 15, 20 minutos para se chegar nos lugares; hoje,
demora-se 40, 50 minutos. Então, é importante esta Casa vir discutir essa
questão do transporte. Ontem, esse setor do transporte nos pediu muito que
discutíssemos o assunto, porque, a cada dia, as linhas de ônibus vêm sendo esticadas,
não se criam novas linhas; pelo contrário, seus horários são diminuídos e as
pessoas ficam cada vez com mais dificuldade para acessar esse bem que as levam
a movimentar a economia da Cidade, gerando milhares de empregos, já que a nossa
Cidade, apesar de ter poucas indústrias, é de comércio, de serviços e tem se
desenvolvido muito. Esse setor de serviços vê a necessidade de que seus
trabalhadores consigam chegar mais rápido, em menos tempo ao local de trabalho,
que os trabalhadores dos atacados, supermercados, lojas, bazares, farmácias,
funerárias possam ter um trabalho decente iniciando no transporte coletivo que
os leve e que os retorne para casa. Esse transporte precisa ser de qualidade,
pois uma pessoa não pode mais levar duas horas para chegar no seu local de
trabalho. Essa pessoa, muitas vezes, tem que buscar os seus
direitos na Justiça por chegar atrasada e por levar todo esse tempo. Então, é
imprescindível que esta Câmara de Vereadores, que as Comissões Temáticas desta
Casa, que cada um de nós continue discutindo sobre isso.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Clàudio Janta, vejo que V. Exa. está
falando de transporte, e peço para voltarmos no tempo para vermos se, no modelo
antigo, a escolha dos lotações era por sorteio ou licitação. Por quê? Vamos
usar o mesmo tratamento que o Ministério Público deu para o táxi. Tem gente que
tem até cem lotações. Eu acho muito oportuno que V. Exa. esteja falando em
transporte, e eu vim aqui, mais uma vez, pedir a sua força. Sei que o senhor
sempre está à disposição para buscar o melhor para a comunidade, para as
pessoas que mais necessitam dos meios de transporte.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Ver. Brasinha,
agradeço o aparte. Realmente, temos um pedido que está na CUTHAB, aguardando um
parecer, para que esta Casa crie uma Comissão Especial para discutir o
transporte. Acreditamos que, neste tema, vamos discutir os lotações em Porto
Alegre. É imprescindível que se abram mais linhas de lotações, que se
disponibilize à população de Porto Alegre esse meio de transporte, através de
financiamentos do BNDES, e que seja, como o senhor disse, um meio pelo qual as
pessoas possam sobreviver, não ficando na mão de um ou dois. Temos que discutir
o transporte de ônibus em Porto Alegre, os táxis, toda forma de transporte da
nossa Cidade. Então, é imprescindível que a Casa do Povo, que todos nós, os 36
eleitos pelo voto do povo, discutamos a questão do transporte na nossa Cidade
para melhorar a vida dos trabalhadores e das suas famílias. Com força e fé,
vamos seguir em frente, buscando melhorias para a cidade de Porto Alegre.
(Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Mario Fraga está com a palavra em Comunicações, por cedência de
tempo do Ver. Elizandro Sabino.
O SR. MARIO FRAGA: Quero agradecer ao Ver.
Elizandro Sabino, por meio do seu Líder, Ver. Cassio Trogildo, a cedência do
tempo. Ver. Bernardino Vendruscolo, na presidência dos trabalhos; Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, público que nos assiste das galerias e pela
TVCâmara, tenho dois assuntos para tratar, e, casualmente, os dois aconteceram
hoje na cidade de Porto Alegre. Às 10h, estivemos com o Prefeito José
Fortunati, com o Vice-Prefeito Sebastião Melo, com o Secretário Urbano Schmitt,
que também é Presidente da PROCEMPA, e com Sr. João Batista Linck Figueira,
Procurador-Geral do Município, alguns colegas Vereadores também estavam lá,
como a Ver.ª Luiza Neves, o Ver. Brasinha, o Ver. João Carlos Nedel, o Ver.
Idenir Cecchim, o Ver. Reginaldo Pujol, o Ver. Clàudio Janta, ou seja, havia
bastante gente. Ontem, quando o Prefeito esteve aqui entregando o Plano
Plurianual, estavam presentes muitos Vereadores de oposição para a entrega do
relatório, Ver. Mauro Pinheiro. V. Exa. tem tratado bastante do assunto sobre a
PROCEMPA, aqui, inclusive tentou, com legitimidade, instalar a CPI aqui nesta
Casa, mas, para nossa felicidade, não saiu, mas, com relação ao relatório – eu
vi o relatório, mas ainda não o li, creio que ele tem quase mil páginas, Ver.
Mauro Pinheiro, que ainda não o viu –, eu queria comunicar a V. Exa. e a todos
os Vereadores, Ver.ª Séfora Mota, que não estavam na coletiva com o Prefeito
Fortunati que disse que, a partir das 15h de hoje, o relatório vai estar à
disposição. Por precaução do Procurador-Geral do Município, não vão ser
entregues cópias; o relatório vai ficar à disposição lá no prédio da
Prefeitura, na Rua Siqueira Campos, nº 1.100, no 3º andar, na sala de reuniões
da Procuradoria.
Penso que é importante nós, Vereadores, divulgarmos
isso. E também, Ver. Mauro Pinheiro e demais Vereadores, Ver. Paulinho
Motorista – nosso colega, nosso amigo de Belém Novo e que agora faz parte do
nosso Governo –, às 15h, o nosso Prefeito vai, junto com o Procurador, ao
Ministério Público entregar uma cópia para o Ministério Público. Também ficamos
sabendo, pela manhã, que a Polícia Civil já requisitou uma cópia. Não sei se é
o caso, mas gostaria, Sr. Presidente, que a Casa solicitasse uma cópia para
nós. Acho que a Câmara de Vereadores merece ter uma cópia desse relatório que
foi feito por funcionários de carreira do Município de Porto Alegre. Eu sou
Vice-líder do Governo, Ver. Alceu Brasinha, junto com o Ver. Reginaldo Pujol e
com o Ver. Paulo Brum e nosso Líder, Ver. Airto Ferronatto, e ficamos tristes,
Ver. Paulinho Motorista, pelos acontecimentos. Às vezes as pessoas que estão
envolvidas... e o Prefeito foi muito feliz quando disse: “Às vezes por querer,
às vezes por não querer, e, às vezes, por ingenuidade”, mas há muitos
envolvimentos no relatório sucinto que o Prefeito Fortunati fez, em 30 minutos,
relatando aquelas 800 folhas que tem o relatório da Procuradoria-Geral do
Município.
Para encerrar, trocando de assunto, só para deixar
claro que o relatório está à disposição de todos a partir das 15 horas.
Agradeço mais uma vez, pois às 11h30min, quando
saímos da reunião sobre esse relatório, estivemos com o Secretário Luizinho
Martins, que mais uma vez nos atendeu com todo o carinho, com toda a dedicação,
como um Secretário tem que atender um Vereador. Agradeço ao Secretário Luizinho
Martins. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
venho a esta tribuna, em nome da Bancada do PCdoB, do Ver. João Derly e em meu
nome, dizer que creio que esta Casa e todos nós temos o dever, como oposição
consequente, de contribuir para que tenhamos mudanças estruturais na gestão da
Cidade de Porto Alegre. Há duas temáticas que têm sido enfocadas, uma relativa
à PROCEMPA e outra relativa à Carris. Nós entendemos que esta é uma questão de
gestão e de mudanças estruturais na gestão, até porque é algo com que tenho
convivido na minha atuação pública, não apenas como Parlamentar, mas na minha
atuação institucional, na minha atuação há 32 anos como funcionária de carreira
dentro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Os governos passam,
aqueles que são cargos dos governos por todo um processo de projeto passam; os
servidores públicos – sejam da gestão da área administrativa ou das empresas
estatais – ficam e têm muito conhecimento.
Então, no sentido de contribuir para que nós
possamos evoluir nas mudanças estruturais para a gestão da Cidade de Porto Alegre, apresentamos, além de duas Frentes
Parlamentares – uma Frente Parlamentar e uma Comissão Especial –, o Ver. João
Derly e eu, um Projeto de Lei para regulamentar o Art. 24 da Lei Orgânica do
Município. Esse Projeto trata da obrigação – que já é lei, na Lei Orgânica do
Município, mas que ainda não foi regulamentado, e aí é dever também desta
Câmara cumprir esse papel –, das empresas públicas, do Município, terem, na
administração, ao menos um funcionário do seu Quadro. Isso, sem dúvida nenhuma,
vai contribuir, e muito, com a gestão pública, porque os funcionários de Quadro
passam por concurso, são funcionários que têm uma atuação técnica e detêm muito
conhecimento. Eles serão eleitos entre os servidores ativos que compõem o Quadro
de servidores permanentes da empresas pelo voto direto de seus pares, em
eleição organizada, especialmente designada pela Administração, sempre até 30
de outubro do exercício em que devem ser renovados os mandatos da diretoria
executiva das empresas.
Desde o início desta Legislatura, faço
questão de reafirmar isso aqui, a nossa Bancada se propôs a fazer esse tipo de
oposição consequente, que critica, sim, quando necessário, e apresenta
propostas viáveis para a Cidade. Nós entendemos que através de uma política
ampla, alicerçada no diálogo propositivo e que visa ao desenvolvimento de uma
cidade, sob o ponto de vista da qualidade desse desenvolvimento, da qualidade
de suas políticas públicas, a cidade se torna uma cidade igualitária e justa
para com os seus cidadãos.
Nós temos
acompanhado duas graves crises com muita acuidade: a crise da PROCEMPA e a
crise da Carris. Isso nos mostra que é preciso superarmos alguns elementos,
como as investigações pontuais, apenas quando há uma crise numa ou noutra empresa. Nós
precisamos passar para um patamar diferenciado e promover essas mudanças
estruturais nas empresas públicas do Município. Para isso, os municipários, no
nosso entendimento, são fundamentais, porque eles conhecem a estrutura, eles
conhecem a Cidade a fundo. E esse conhecimento precisa ser reconhecido pelos
gestores municipais. Então, é justo que essa Lei seja regulamentada para que
eles possam ter protagonismo na gestão e sejam ouvidos.
Por fim, além da regulamentação do art. 24, nesse
rumo, nós criamos a Frente Parlamentar em Defesa dos Municipários, pela
qualidade do serviço público. E ontem eu conversava com todas as Bancadas desta
Casa, porque essa é uma Frente que pressupõe a participação de todos os
Partidos, para que, além das reivindicações dos municipários, justas, legais,
necessárias – e ontem, quando o Prefeito entregou o Plano Plurianual, nós
falávamos disso, em nome do PCdoB –, nós avancemos no reconhecimento também do
papel dos municipários.
E o outro problema é a Comissão Especial em Defesa
da Carris, porque uma gestão pública qualificada não tem medo de valorizar os
seus funcionários; pelo contrário, os funcionários são ferramenta humana,
técnica, esteio para essa gestão pública qualificada.
Eu agradeço a atenção dos meus colegas Vereadores;
esperamos contar, também, em relação a esse Projeto de Lei que regulamenta o
art. 24 da Lei Orgânica do Município, como temos contado no trabalho nesta
Câmara, com a participação de todas as Bancadas, porque o que faz bem para uma
gestão faz bem para o seu cidadão. E a gestão, para nós, do Partido Comunista
do Brasil, não é apenas do Executivo; ela também é do Legislativo e
fundamentalmente é protagonizada pelos seus servidores e pelo cidadão de Porto
Alegre. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Luiza Neves está com a palavra em
Comunicações.
A SRA. LUIZA
NEVES: Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo; Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, público que nos assiste pela TVCâmara, senhoras e senhores, o que
me traz a esta tribuna, nesta tarde, é um motivo um tanto triste. Motivo que,
desde ontem, tem sido usado pelos meios de comunicação para falar sobre a
mulher que foi mantida, por 21 horas, em cárcere privado pelo seu
ex-companheiro. Isso nos choca. E, hoje, infelizmente, essa mulher veio a
falecer devido às 21 horas de terror e à tentativa de homicídio que ela sofreu
do seu ex-companheiro. Eu sou Presidente da Frente Parlamentar contra a
eliminação de todo tipo de discriminação e violência contra a mulher. Trazemos
esse assunto para reflexão nesta Casa, porque essa era uma das mulheres, de
tantas outras, que sofrem violência na nossa Cidade, na nossa Capital e no
Brasil. E, pasmem os senhores, essa vítima tinha um papel onde estavam escritas
as medidas protetivas. Ela estava sendo protegida, e o agressor também estava
cumprindo medidas protetivas, e nada impediu que ele invadisse a casa dela e
praticasse essas 21 horas de terror, vindo a ter esse trágico desfecho. Neste
momento, fica aqui esta reflexão, quando nós sabemos também que a Capital
gaúcha tem nove mil mulheres com medidas protetivas. E, a nós, como Frente
Parlamentar que defende todo tipo de violência contra a mulher, temos aqui o
Ver. Alberto Kopittke, a Ver.ª Jussara Cony, que fazem parte dessa Frente
Parlamentar, vem este assunto. E esta não é só uma vítima; são tantas na nossa
Cidade sofrendo todo tipo de violência, violência doméstica, violência
emocional, assédio moral, sexual e outros tantos tipos de violência.
O Sr. Mario Fraga:
V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Ver.ª Luiza Neves,
quero parabenizar V. Exa. por trazer esse assunto. É um assunto que, na Casa,
roda bastante. E queria elogiar o trabalho da Brigada Militar. Aquele senhor que estava no comando da operação estava muito tranquilo
pela sua experiência, mas houve essa tragédia. Como eu acompanhei isso, foi um
momento em que eu estava em casa, à noite. Então, eu queria elogiar a Brigada
Militar pelo seu trabalho lá e lamentar o fato ocorrido com os dois seres
humanos. Obrigado, Vereadora.
A SRA. LUIZA NEVES: Isso é triste.
Obrigado, Ver. Mario Fraga.
A Sra. Jussara Cony: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento da oradora.) Vereadora, em primeiro lugar, e antes de
tudo, falo sobre a importância da Frente Parlamentar.
A SRA. LUIZA NEVES: Com certeza ela é
importante.
A Sra. Jussara Cony: Falo também sobre
ter V. Exa. como presidente da nossa Frente e da importância de estares aí na
tribuna. Eu recebi, há pouco, da Silvana Conti, uns dados que são aterrorizantes
sobre essa luta que vamos levar para a Conferência Municipal de Educação que
começa hoje, da introdução da Lei Maria da Penha nos currículos. Nove mil
mulheres, no Rio Grande do Sul, estão com medida protetiva, e mesmo assim
ocorrem esses fatos. Quarenta e cinco mortes na última semana; mais uma agora.
Na realidade, ainda faltam mecanismos e ferramentas para – sob o ponto de vista
de políticas públicas, a partir da prevenção com a educação – não termos mais
essa incidência de mortes! Os dois estavam sob a tutela da Medida Protetiva. Eu
quero lamentar a morte dessa mulher! São as mulheres que estão morrendo, e essa
nossa Frente, Vereadora, coordenada por V. Exa., sem dúvida, tem esse papel
nesta Câmara.
A SRA. LUIZA NEVES: Ver.ª Jussara Cony,
realmente um dos objetivos da Frente é trazer a esta Casa todo tipo de
violência que a mulher sofre diariamente. Este número de 46 mortes de mulheres
em uma semana, sendo que 9 mil estão recebendo proteção, é alarmante. Mas, na
verdade, isso não impede que elas acabem sendo mortas, agredidas, violentadas.
Para isso, Ver.ª Jussara Cony; Ver.ª Séfora, que também faz parte da Frente
Parlamentar; Vereadores Delegado Cleiton e Mario Fraga; Ver.ª Lourdes, nós
estamos organizando um seminário com o título “Violência Contra a Mulher,
basta!”, no dia 5 de julho, e nós já temos palestrantes confirmados como a
Tenente-Coronel Nádia Gerhard, Coordenadora da Patrulha Maria da Penha, que
estará aqui expondo; teremos também aqui a Dra. Jamile de Toledo, da
Defensoria Pública; a Dra. Walesca Vasconcellos, da Secretaria Adjunta da
Mulher, para discutirmos, no dia 05 de julho, tarde e noite, sobre este tema:
“Violência contra a Mulher, basta!” Muito obrigada, e que Deus abençoe a todos.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Any Ortiz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. ANY
ORTIZ: Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores; público que nos assiste pela
TVCâmara, eu quero parabenizar a Ver.ª Luiza Neves por trazer à tona, de novo,
este assunto tão importante. Eu trago alguns dados também, porque esses dados
que a Ver.ª Jussara e a Ver.ª Luiza trouxeram são estarrecedores, mas a
violência contra a mulher tem dados muito maiores.
Um estudo feito pelo Conselho Nacional de Justiça
diz que o Estado do Rio Grande do Sul é o Estado com o maior número de casos de
violência contra a mulher. Desde 2006, quando entrou em vigor a Lei Maria da
Penha, até o ano de 2011, foram registrados – porque em muitos casos as
mulheres não registram, por medo –, no Rio Grande do Sul, 81.197 casos de
violência contra a mulher. Isso é um absurdo! Esse número chega a mais de 677
mil no País, Ver.ª Séfora – que também está na Frente contra a violência contra
as mulheres. Ela sabe que são muito graves esses números, e nós devemos ter uma
atenção especial, até porque, como foi muito bem colocado nesse caso que a
Ver.ª Luiza nos trouxe, essa mulher em questão estava com medida protetiva.
Noventa e um por cento dos casos em que há o assassinato das mulheres, essas
mulheres procuraram ajuda; 91% dessas mulheres procuraram a Justiça e
procuraram ter uma certa segurança, e a gente vê que não resulta em nada.
Porque se em 91% de 100% assassinatos, mais de 90 mulheres procuraram ajuda, é
porque essa ajuda está deficitária, e devem existir mais programas de prevenção
contra qualquer tipo de violência. As políticas públicas para as mulheres devem
ser voltadas também para o mercado de trabalho, para poder dar condições de a
mulher se sustentar, de a mulher também ter o seu patrimônio, e não ter essa
dependência financeira, que é o que, na maioria das vezes, faz com que os casos
de violência se consumam, infelizmente.
Eu queria dar esse relato, trazer esses números
importantes e estarrecedores. Quero agradecer a Ver.ª Luiza por trazer, de
novo, este assunto que nós, mulheres Vereadoras – Ver.ª Jussara, Ver.ª Séfora,
Ver.ª Fernanda –, nunca podemos deixar de debater desta tribuna. Ressalto a
importância dessa Frente Parlamentar Contra a Violência Contra a Mulher, contra
qualquer tipo de violência, e pedir também o apoio dos nossos colegas
Vereadores, não só do colega Alberto Kopittke, para juntos batalharmos contra
qualquer tipo de violência, seja a violência moral, seja a violência física,
seja a agressão dentro do mercado de trabalho.
(Aparte antirregimental do Ver. Alberto Kopittke.)
A SRA. ANY
ORTIZ: Muito obrigada. Mas, é um assunto importante, eu sei da luta do Ver.
Alberto em relação a isso, e gostaria também de dizer que esses casos não
ocorrem somente nas classes mais desfavorecidas; ocorrem em qualquer classe
social. Eu trago aqui um recorte de jornal com a reportagem sobre o advogado
que matou a sua companheira estudante de Direito. Então, isso a gente não vê só
nas classes mais baixas, a gente vê em qualquer classe social as mulheres sendo
agredidas, sendo violentadas e mortas pelos seus companheiros. Muito obrigada a
todos e uma boa-tarde.
(Não revisado pela oradora.)
(A Ver.ª Sofia Cavedon assume a presidência dos
trabalhos.).
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver.ª Any Ortiz. Quero aqui registrar a
presença dos servidores da SMURB, aos quais já recebemos, com informações sobre
a sua pauta, que traz a questão da isonomia e do tratamento dos servidores na
Secretaria.
A Ver.ª Séfora Mota está com a palavra em
Comunicações, por transposição de tempo do Ver. Marcelo Sgarbossa.
A SRA. SÉFORA
MOTA: Boa-tarde a todos e a todas; pessoas que nos assistem pela TVCâmara, é
muito triste vermos mais um caso desses, que ocorre diariamente. Todos os dias
ficamos sabendo de uma vizinha que apanhou do marido, de uma pessoa que foi
assassinada mesmo tendo a medida protetiva. Infelizmente, as nossas leis são
lindas na redação, no conteúdo, são elaboradas de maneira rebuscada, mas não
possuem aplicabilidade. O que estamos fazendo para que essas Leis sejam
cumpridas, para que essas mulheres não sejam mortas, não sofram mais violência
de todos os tipos – sexual, moral – que acabam com a sua autoestima. Até quando
os homens vão se sentir donos das mulheres? Nós não somos objetos, nós não
temos donos; nós temos capacidade, nós temos liberdade, nós podemos fazer o que
quisermos e ninguém tem que nos frear. Se a mulher não quer mais ficar com o
companheiro, isso não dá o direito de o seu companheiro agredi-la, maltratá-la,
xingá-la, até o ponto de matá-la. É muito triste; eu sempre fico imaginando a
condição em que morreu essa mulher que passou 21 horas presa, sendo torturada
por um maníaco, por um demente, por uma pessoa sem qualificação, que, por
sorte, se matou. Eu não tenho dó nenhuma dele, eu tenho dó da mulher, eu tenho
dó dos filhos, eu tenho dó dos netos, eu tenho dó de quem fica, ainda mais
quando acontece esse tipo de violência na frente de um filho, isso se o filho
não morre junto. Até quando? Eu acho que a gente não pode se calar, a gente vê
muitas ações – políticas públicas, escutas, Disque-violência – que não estão
valendo de nada! Então, nós, sociedade, políticas, temos que nos movimentar,
nos mobilizar, não calar, até que esses homens sejam realmente presos, e que
essas mulheres sejam realmente abrigadas, acolhidas, protegidas, tirando-as do
circulo vicioso da violência porque essas mulheres têm filhos, e esses filhos
vão crescer achando que isso é normal. E isso não é normal, ninguém tem o
direito sobre o corpo do outro, ninguém tem o direito sobre a vida do outro: o
que é da gente é da gente. E a mulher, ela tem o direito à liberdade, de poder
trabalhar, de poder ser autônoma na vida dela, dona da própria vida. Eu luto;
em mim, homem nenhum nunca manda porque eu acho que a gente tem que se impor,
mas a gente sabe que, pela vida sofrida da maioria das mulheres, elas não
conseguem se impor porque elas estão vivendo um círculo vicioso de anos, de
vidas que foi passado, às vezes, de pai para filho, e é muito complicado.
Eu ainda luto e vou continuar lutando, batalhando,
torcendo sempre pelas mulheres, trazendo os homens... Porque os homens que
convivem comigo ficam extremamente feministas porque assim tem que ser: homem
que é homem não bate em mulher, homem que é homem não desrespeita a mulher,
homem que é homem valoriza e quer uma companheira valorizada e com autoestima
elevada; homem que é homem não faz isso. Quem faz isso são homens doentes,
homens problemáticos, que têm problemas com eles mesmos e que jogam as suas frustrações
em cima dos mais fracos, que são os filhos, que é a esposa. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Professor Garcia está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.)
O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Marcelo Sgarbossa.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Muito boa-tarde a todos os colegas, a todos os que estão aqui na
tribuna; quero saudar os servidores da SMURB, o nosso apoio à luta de vocês. Só
para registrar que ontem, ao recebermos aqui o Prefeito José Fortunati, que
veio entregar o PPA, eu tive a oportunidade, colega Mauro, colega Sofia, de
registrar, em nome da Bancada do PT, a nossa preocupação com o comprometimento
do Orçamento do Município com gastos com CCs. Isso está fazendo com que a
Cidade chegue a seu limite, praticamente, de gastos com pessoal, e pode
comprometer os reajustes dos servidores e a própria capacidade de investimento
do Município.
Mas eu venho aqui à tribuna – e vou pedir a atenção
dos colegas por 2 minutos e 15 segundos – para apresentar um programa. Ontem
saiu o edital do Governo do Estado, do Governador Tarso Genro, do projeto que
eu reputo um dos mais importantes, talvez o maior projeto na área de tecnologia
com que eu tive a oportunidade de trabalhar no tempo em que fui Secretário
Executivo do Consórcio Metropolitano. É o projeto que, na época, chamamos de
Cerca Eletrônica, mas que agora vai se chamar Sistema Integrado de
Monitoramento. Eu apresento o vídeo que resume o projeto de maneira bastante
clara e objetiva.
(Procede-se
à apresentação em vídeo.)
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Muito bem, esse é o Sistema Integrado de Monitoramento. Porto Alegre
vai ser coberta em 43 pontos na entrada e saída da Cidade, todas as
interligações da Cidade e, também, entre a Zona Sul e a Zona Norte. Com
certeza, vai ser uma grande ferramenta para nós enfrentarmos o problema de
roubo de carros, este que é o maior projeto de tecnologia na área de Segurança
pública já lançado aqui no Rio Grande do Sul.
Deixo os meus cumprimentos ao Governador Tarso, ao
Secretário Michels, ao Chefe da Polícia Civil Ranolfo, ao Comandante Fábio e a
todos da sociedade que vêm lutando para que o Estado chegue a esse nível de
projeto. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra em
Comunicações.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Sra. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, público que nos
assiste nas galerias e pelo Canal 16; escutei atentamente o Ver. Mario Fraga.
Concordo com V. Exa. quando diz que as sindicâncias, as apurações do Governo
Municipal têm que vir para esta Casa. Só discordo da forma, Ver. Mario Fraga.
Ao Ministério Público o Prefeito Fortunati irá
entregar os documentos; na Câmara Municipal, se os Vereadores quiserem ter
acesso, podem ir à PGM, que vão estar lá os documentos, mas não podem fazer
cópia, talvez tenham que sentar no chão para ler. Eu pergunto por que essa
diferença de tratamento, Ver. Tarciso! Por que ao Ministério Público o Prefeito
vai até lá entregar? A Câmara, se quiser, vai lá e olha lá.
Este é o tratamento que nós recebemos! E sabe por que isso, Ver.
Tarciso? Sabe por que, Ver. Paulinho? Porque a Câmara de Vereadores não faz o
que deveria fazer. Nós somos um Poder independente, temos autonomia, Ver.
Tarciso! Nós devemos honrar essa autonomia que temos, nós deveríamos honrar
este Regimento, Ver. Airto Ferronato (Lê.): “Art. 215. Compete ao Vereador: VII
– exercer as funções de fiscalização das atividades e dos negócios públicos municipais”.
É isso o que nós devemos fazer e não estamos fazendo como deveríamos fazer!
Quando a PROCEMPA está sendo investigada pela
polícia, pelo Tribunal de Contas, pelo Ministério Público – o Prefeito faz a
sua investigação e leva ao Ministério Público; a Câmara, como não exige e não
fiscaliza como deveria, se quiser, que vá lá ver, que sente no chão e olhe,
porque nós nos submetemos a isso, nós não honramos os votos que nos deram nas
eleições. Nós somos um Poder independente, nós temos que exigir, sim, essa
documentação. E se o Prefeito não quiser nos mandar, vamos fazer o que já
deveríamos estar fazendo: fiscalizar a Prefeitura, o que é a nossa função. É
nossa função, Ver. Airto Ferronato, fiscalizar, e não pedir de joelhos
documentos ao Prefeito. Nós somos autônomos e temos que honrar isso. Portanto,
o Prefeito Municipal que venha nos trazer os documentos; caso contrário, que as
Sras. Vereadoras e os Srs. Vereadores assinem uma CPI e, assim, vamos exigir
esses documentos, exigir a presença das pessoas que nos interessam aqui,
sentadas, para nos darem as explicações de que precisamos. É disso que se
precisa! Enquanto, na PROCEMPA, cai Secretário, enquanto, na SMAM, cai
Secretário; tem Secretário que é preso, tem Secretário que é assassinado neste
Município, a Câmara está de braços cruzados e não faz nada para cumprir a sua
função de fiscalização. Chega, Vereadores! Vamos assumir a nossa autonomia,
vamos fiscalizar; esta é a nossa função! A PROCEMPA é simplesmente um tentáculo
do Município; a corrupção neste Município não é a PROCEMPA!
O André Imar, que caiu junto com outro Diretor,
apenas cumpria o que lhe mandavam fazer. Eles não são a corrupção, o problema
não é a PROCEMPA! O problema está no Paço Municipal, nas ordens que de lá
vinham! Eles simplesmente cumpriam as ordens, Ver. Tarciso, e agora caíram. O
Paço Municipal tem que se preocupar; não é a PROCEMPA o problema. O problema é
a corrupção, que está tomando conta, e o Prefeito Fortunati sabe disso e está
tentando resolver. Mas esta Câmara tem que assumir a sua autonomia, tem que
fiscalizar. Essa documentação tem que ser trazida para cá, e não os Vereadores
irem lá de joelhos para ver o que foi apurado pela Secretaria. Nós é que temos
que apurar. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra em
Comunicações.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Sra. Presidente e Srs. Vereadores. Ver. Mauro Pinheiro, quero lhe
informar por que o Prefeito mandou ao Ministério Público: nós, Vereadores, não
temos poder de polícia, e o Ministério Público tem poder de polícia, meu amigo.
O senhor está enganado, nós não temos poder de polícia. Nenhum de nós, fora o
Ver. Delegado Cleiton, sabe investigar. Quero dizer que acho que o senhor está
se desviando das suas funções. Nós temos que fiscalizar, sim, mas não querer
ter poder de polícia aqui; nenhum de nós tem poder de polícia, em hipótese
nenhuma. E quero que o senhor me prove que tem esse poder. Não tem!
Quero falar das coisas boas que acontecem na
Cidade. O Ver. Alberto Kopittke fez uma boa explanação, mas dizer que o crime
anda sobre rodas, isso vem lá do Coronel Mendes, quando ele fazia barreiras.
Pegaram carona. Não gostavam do Coronel Mendes, mas era ele quem dizia “o crime
anda sobre rodas”. Isso era do Coronel Mendes, que fazia várias barreiras na
Cidade.
Mas quero falar das coisas que acontecem e devem
acontecer, Ver. Mauro. Nós, que somos pequenos empresários – e o senhor também
é um pequeno empresário – sabemos o quanto é difícil manter um pequeno comércio
aberto. E aí sempre vêm as tranqueiras. Uma cidade que quer sediar a Copa do
Mundo sabe o quanto é importante que o comércio, os restaurantes, os hotéis
funcionem dia e noite. Tendo mais comércio, teremos mais tranquilidade, mais
segurança; é isso aí. Só que, nesta Cidade, não pode. Não pode! Há as pessoas
que não aceitam, que não querem que funcione. Aqui mesmo, V. Exas. sabem, nós
aprovamos um projeto, e acho que está na hora de nós revermos novamente o
horário, aumentando o horário dos restaurantes e bares para que trabalhem até
mais tarde. Eu acho que tem de aumentar, não mais até as duas e meia, tem de
ser até às três horas da manhã. É uma cidade que vai receber milhares de
turistas! Esses turistas, quando chegarem na Cidade, vão sair para passear, e
cada turista tem o seu setor. Tem pessoas ricas, tem pessoas pobres, tem
pessoas humildes que vêm também fazer turismo, e cada um procura onde pode se
adequar. Acho muito importante revermos aquele projeto de lei pelo qual nós
autorizávamos que fosse até às 2h30min, quando antecedesse domingos e feriados.
Acho que está na hora de aproveitarmos o momento de Copa do Mundo. Quem sabe se
a alteração fosse até a Copa do Mundo, para nos adequarmos, pois os turistas
estão chegando aqui? Estão começando a chegar, já vai ter jogo da Seleção
Brasileira no domingo. Certamente as economias desses turistas vão ajudar muito
a Cidade de Porto Alegre a crescer.
É a oportunidade de o pequeno e médio empresário
crescerem, e não os grandões que vêm lá do outro lado do mundo para quebrar os
pequenos. Eu sou contra esses grandes que se instalam aqui, fazem o querem,
tais como o Big, Walmart, Carrefour. Dão emprego, concordo que dão, mas dão
muito pouco, pois acabam quebrando os pequenos. Então, quero convidar vocês
todos a se preocuparem com o pequeno e com o médio empresário, mas com os daqui
do Rio Grande, de Porto Alegre, para que eles fiquem grandes, desde que comecem
a trabalhar. Então, acho que é uma oportunidade. Vem aí a Copa do Mundo, e
milhares de pequenos empresários terão a oportunidade de crescer. É com isso
que temos de nos preocupar, e não com uma cidade lá do outro lado do mundo. Nós
temos nossa cidade, nosso bairro, nossa rua para nos preocuparmos aqui em Porto
Alegre. Temos de nos preocupar com as pessoas que transitam todos os dias, que
devem ter uma vida e uma adequação melhor para seus filhos, netos.
Enfim, acho que está na hora de tirar essas
tranqueiras, essas pessoas que são contra tudo, não podem ser contra tudo! Têm
que ver o desenvolvimento da Cidade, têm que ver como a Cidade anda no dia a
dia. Há 36 anos, eu vim lá da minha terra, vim conhecer televisão em Porto
Alegre, e jamais imaginava que um dia iria chegar aqui, e cheguei, graças a
Deus! Ver. Mauro Pinheiro, vamos começar a defender o pequeno empresário. Eu
gosto muito do discurso de V. Exa. quando o senhor defende o pequeno e o médio
empresário, porque o senhor sabe o quanto é sofrido, sabe o que passamos para
manter um pequeno comércio aberto. Nós matamos dois leões por dia e deixamos
dois leões para o outro dia. Há pouco, eu estava vendo aqui o meu querido amigo
Ernesto Ortiz, que eu sei que é um pequeno empresário que sofre para manter
suas portas abertas. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
em Comunicações. (Pausa.) Continua atendendo à comunidade.
O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra em
Comunicações.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sra. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, eu estou passando
aqui “de sangue-doce” pelo Ver. Mauro Pinheiro, e ele dá uma provocada. Nós
ainda acabamos saindo no jornal como o Sai de Baixo, Vereador, pela nossa
verborreia, vamos dizer assim aqui, como alguns gostam de dizer! Mas tanto V.
Exa. quanto eu cumprimos um papel e nós vamos continuar exercendo o nosso
papel. Eu não escutei todo o discurso de V. Exa., e por isso não vim
respondê-lo, acompanhei só no finalzinho, quando o senhor estava indignado
porque o Prefeito não veio trazer o Relatório aqui. O Prefeito apresentou o
Relatório para toda a Cidade, para todo o Rio Grande. Estavam lá todos os
órgãos de imprensa, estavam presentes Vereadores, Procuradores, enfim, muita
gente estava lá. E, ao meio-dia, já nos noticiários, e à noite também,
certamente haverá noticiários, os jornais de amanhã publicarão, e, só para
informá-lo – eu não sei se a sua assessoria já o informou ou não –, esse
Relatório, para não fazer injustiça, se tiver algum nome, eu não vi o
Relatório, está à disposição para leitura na Procuradoria-Geral do Município.
Ninguém precisa ir de joelho lá, Vereador, é só ter boa vontade e não precisa
dar “carteiraço”, está aberto para quem quiser ler o Relatório, e não
planfletar o Relatório, como muitos gostam de proceder, fazer de um relatório
sério um panfleto; para isso, esse Relatório não se presta. Tem que ir lá para
ler, Vereador, está à disposição para o senhor, para os seus assessores, para
as pessoas de bem que queiram ler.
Eu estranhei também o Vereador reclamar da entrega
para o Ministério Público! Mas, Vereador, é V. Exa. que faz isso sempre!
Inclusive na CPI, em que houve um Relatório, o senhor fez um seu, particular, e
correu para ir ao Ministério Público, de madrugada, para ninguém chegar antes.
Então, o senhor não pode reclamar disso!
O Sr.
Bernardino Vendruscolo: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Ver. Idenir Cecchim, eu fiquei um pouquinho preocupado com a saída do
Diretor Zilmino Tartari. Nós dois e tantos outros Vereadores aqui somos amigos
do Zilmino, conhecemos o trabalho dele, a história dele, que vem lá do tempo do
Banrisul, enfim, eu fiquei muito chateado pela forma com que o Zilmino saiu.
Hoje eu liguei para o Zilmino.
Sei que V. Exa. também conversou com ele. É
lamentável a forma como ele saiu, o momento em que ele saiu, porque dá a
impressão de que ele também tem alguma coisa a explicar, e nós todos sabemos
que não é verdade. O Zilmino é admirado por todos os seus amigos, e quem o
conhece sabe do que estou falando. O que ocorreu é lamentável, e eu quero me
somar a esse grupo que está solidário ao Zilmino Tartari. Foi muito ruim a
forma, o momento em que ele saiu. Sou sabedor de que, há pouco tempo, ele
queria sair, e o próprio Partido pediu que ele permanecesse. Faço esse registro
e peço que o leve ao seu companheiro de Partido hoje, ao meu sempre amigo
Zilmino Tartari.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Muito obrigado, Vereador, boa lembrança.
O próprio Assessor do Ver. Mauro Pinheiro, para
fazer justiça a ele também, que, muitas vezes, nós discordamos, ele fez essa
referência ao Zilmino Tartari, a respeito da integridade dele, da boa e séria
gestão que fez na PROCEMPA. Ele, até por ser desse tamanho, Ver. Bernardino,
por ter esse espírito de solidariedade, achou melhor também sair. Eu acho que,
a essa altura, ele fez muito bem, para deixar o novo Diretor fazer o trabalho
que tem ser feito, como o Prefeito Fortunati quer que seja feito, pois a Cidade
e todos nós queremos, Ver. Mauro Pinheiro, a verdade! Pena que nem todos os
governos façam isso, mas nós queremos a verdade. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pelo Governo, por cedência de tempo do Ver. Airto
Ferronato.
O SR. MARIO
FRAGA: Sra. Presidente, Ver.ª Sofia Cavedon, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, público que nos assiste pela TVCâmara e público que está nas
galerias, anteriormente, quando estive na tribuna, não cumprimentei os
funcionários da SMURB, que estão aqui; queria dar boa-tarde e pedir desculpas
por não ter feito isso antes. Mais adiante, se for possível, eu me coloco à
disposição, sou um dos Vice-Líderes do PDT, faço parte do Governo e, pelo que
eu li da faixa – sem tirar nenhuma conclusão –, se está acontecendo alguma
coisa nesse sentido, eu sou contrário a que aconteça isso. Obrigado. (Palmas.)
Como Liderança do Governo, falarei sobre as
conclusões que foram feitas. Queria ler algumas providências que o Prefeito
Fortunati tomou agora, neste momento, enviando o processo para o Ministério
Público, Ver. Idenir Cecchim. V. Exa. estava lá, mas faço questão de relatar
aqui da tribuna e para a TVCâmara, como o nosso Presidente diz, para mais de 3
milhões de pessoas que podem ver-nos neste momento. As providências que o
Prefeito Fortunati tomou, pela manhã, às 10h – as medidas que estão sendo
efetivadas foram instaladas desde janeiro de 2012 até abril de 2013 –, são as
seguintes: instauração de sindicâncias com o novo Presidente da Companhia;
encaminhamento ao Ministério Público Estadual, que está sendo feito neste
momento; suspensão cautelar de todos os repasses à Associação dos Funcionários
da PROCEMPA; revisão imediata dos procedimentos e critérios referentes aos
planos de saúde e odontológicos; imediata revisão na forma de compra e
distribuição de tíquetes-alimentação; instalar uma comissão dentro da PROCEMPA,
só para analisar os eventos e o aperfeiçoamento dos controles internos da
companhia. Então, essas foram as oito medidas que o Governo Municipal, por meio
do Prefeito José Fortunati, tomou.
Queria falar também para o Ver. Mauro Pinheiro, o
porquê de esse relatório não ter vindo para a Câmara. Eu já havia falado um
pouco, Ver. Idenir Cecchim, mas V. Exa. foi mais feliz na interpretação: é
porque há alguns nomes de empresas, nomes de pessoas, e é um relatório da
Prefeitura Municipal de Porto Alegre. E não foi o Prefeito nem foi o Sebastião
Melo que tomaram essa medida; o Procurador-Geral do Município, o João Batista
Linck Figueira, Ver.ª Luiza Neves, que tomou essa de precaução para não expor o
nome de nenhuma pessoa que possa estar naquele relatório e que não tenha culpa.
Até não foi o caso, mas vamos pegar como exemplo o que aconteceu com o nosso
amigo Zilmino, conforme foi falado aqui pelo Bernardino Vendruscolo e pelo
Idenir Cecchim – e, da minha parte, também tenho uma alta consideração pelo
Zilmino. Mas como eu já havia dito num outro momento, Ver. Mauro Pinheiro, as
pessoas, às vezes, não sabem o que está acontecendo; às vezes, sabem que está
acontecendo e não podem fazer nada; e, às vezes, fazem para ter benefício
próprio.
Então, esse relatório sucinto, que eu tinha falado,
que o Prefeito Fortunati entregou e que está à disposição, Ver. Mauro Pinheiro,
é um relatório das coisas que aconteceram lá. Por esse motivo que o
Procurador-Geral do Município tomou essa medida de não trazer para a Câmara.
Mas V. Exa. já viu que eu fiz o pedido, e agora reitero para a Ver.ª Sofia
Cavedon, para o Presidente da Câmara, Ver. Dr. Thiago, e à Mesa Diretora que
solicitem um relatório para ficar aqui, pelo menos à disposição dos Vereadores
daqui. Então, agradeço ao Líder Airto Ferronato por ter me cedido este espaço e
coloco a todos os Vereadores, de situação e oposição, um resumo do relatório
que foi apresentado hoje e está sendo entregue, neste momento, ao Ministério
Público do Estado do Rio Grande do Sul. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Solicito ao Ver. Mario Fraga que assuma a
presidência dos trabalhos.
(O Ver. Mario Fraga assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Mario Fraga): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra em
Comunicações.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Ver. Mario Fraga, agradeço a coordenação coletiva. Eu quero seguir no
tema – e espero poder falar depois sobre mais um caso de violência contra as
mulheres que este Estado vive. Mas para não perdermos o encadeamento, e para
que a população que nos assiste possa entender um pouco como funciona a Câmara
de Vereadores, aproveito e valorizo a presença dos colegas municipários da
SMURB, porque se trata do mesmo assunto. Aqui, os colegas me dizem que é
vergonhoso e inaceitável a discrepância que há na SMURB. E este debate,
colegas, nós vimos fazendo todos esses anos, e temos afirmado, em todos os
debates em que vamos, que temos votado contra o aumento de CCs; não contra as
gratificações de funcionários, porque, enfim, hoje essa é a forma como os
funcionários têm conseguido evoluir nos seus salários, mas que, infelizmente, é
um modelo nefasto, ruim, seja para a luta dos funcionários, para uma gestão de
Governo, para a população de Porto Alegre, que recebe a política pública, pois
uma gratificação cria a insatisfação de um outro grupo, cria a discrepância,
cria a verticalização. Todas essas gratificações que foram concedidas nesses
últimos oito anos, que permitem valores de 2 a 5 básicos, têm formado uma casta
na Prefeitura que cria uma insatisfação na grande maioria dos funcionários. A
maioria destes não é beneficiada, e a carreira não é implementada; a carreira,
que mantém o funcionário motivado na busca de formação, de qualificação
permanente, de comprometimento cada vez maior com o serviço público de
qualidade. A discussão de carreira foi abandonada, e se trocou conforme as
pressões, conforme as relações de Secretários, políticos ou Partidos; com determinados
grupos, nós criamos distorções imensas em Porto Alegre. Está aqui a SMURB;
SMURB essa que já teve, no início do ano, em relação a alguns funcionários,
denúncias no Ministério Público na questão da corrupção, sim, com o
licenciamento de obras na cidade de Porto Alegre. Então, esse tema da
desvalorização dos funcionários, de não tratá-los com dignidade, com isonomia,
com uma interlocução qualificada com o conjunto dos funcionários, resulta que
os servidores, quando estão na sua mobilização salarial, tenham um tratamento
de recuperação de perdas, de forma geral, como a que nós estamos assistindo:
uma oferta de 0,25% de reajuste, de recuperação de perdas, que é uma vergonha,
que é um acinte, ao lado da farra dos CCs! Da farra dos CCs! Nós temos que
chamar de farra porque é real. Hoje, os CARs ganharam mais dois ou três CCs,
fazendo com que as lideranças comunitárias ganhem mais do que os funcionários
de quadro de carreira da Prefeitura de Porto Alegre; são lideranças, Ver.
Mauro, que estão sendo cooptadas por esse esquema!
Portanto, nós somos, colegas, totalmente favoráveis
à luta de vocês, à luta, em grande parte, do setor médio. E não só desse setor,
pois são vários funcionários, alguns de nível superior, que não entraram na
GAM. Mas aí tem uma farra de gratificações que faz com que a Prefeitura não
tenha recursos...
O Sr. Alceu
Brasinha: V. Exa. permite um aparte?
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Vereador Brasinha, está estourando o meu tempo e eu nem falei sobre a
PROCEMPA. Eu peço que V. Exa. me perdoe, Vereador.
Eu quero dizer, portanto, que parece piada, que
parece deboche com a sociedade cada denúncia de corrupção que aparece na cidade
de Porto Alegre! E o Prefeito aparece com um grupo, diz que vai investigar, que
vai mandar controlar, que vai mandar para o MP, como se não soubesse de nada!
Esse caso da PROCEMPA é escandaloso! Nós estamos falando há muitos anos sobre o
problema da PROCEMPA! O Presidente da PROCEMPA já foi multado muitas vezes! E o
acinte do Vice-Prefeito vir aqui dizer que ia reduzir cargos nas empresas
públicas e não reduziu um centavo do custo, Ver. Nereu! A PROCEMPA já teve 67
CCs! Na nossa época tinha 17 ou 18, hoje tem 39, e custa o mesmo valor! Há altos e abusivos salários, substituição do trabalho da PROCEMPA
para fazer laranja, para acolher Secretário que se envolveu em corrupção daqui,
dali e de lá.
Concluo, dizendo que
é inaceitável esse jogo de cena que o Prefeito faz e, infelizmente, a forma
flexível, generosa como os órgãos de fiscalização tratam esse conjunto de
desvios na Prefeitura de Porto Alegre.
Hoje está nos jornais
o contrato do DMLU. Se o Dr. Geraldo da Camino e o Ministério Público não
chamam a atenção, contratariam uma capina a R$ 100,00 a mais do valor,
descaradamente, desclassificando a empresa que, pela Justiça, foi reconstituída.
Essa flexibilidade,
nós tivemos com todos. Então, eu encerro dizendo que está justa a luta dos
municipários, tem que se pedir que esta Prefeitura seja passada a limpo e
responsabilizados os gestores para não cair a culpa no funcionário público de
carreira e na população que, no final das contas, paga a conta disso tudo.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Fraga): Quero dizer
que temos dez cópias das providências que o Prefeito Fortunati tomou.
(A Ver. Sofia Cavedon
reassume a presidência dos trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Ver.ª
Mônica Leal está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MÔNICA LEAL: Sra. Presidente,
Srs. Vereadores, Vereadoras, pessoas que nos assistem, boa-tarde, em especial
aos funcionários que nos prestigiam com suas presenças. Eu ocupo a tribuna,
hoje, surpresa e chocada com a manifestação sobre Segurança Pública neste
Estado e nesta cidade de Porto Alegre.
Eu escutei o colega
Kopittke falar dos investimentos que serão feitos na área de Segurança,
principalmente no que diz respeito ao roubo de carros. Ora, senhores! Nós
estamos a pouco tempo do fechamento do Governo Tarso Genro, estamos em junho. E
isso será feito agora? Mais uma vez, Segurança me parece prioridade em época de
campanha, em ano pré-eleitoral. Ora, não é possível! Nós estamos assistindo a
uma violência urbana na cidade de Porto Alegre! Não tem mais hora, não tem mais
dia, há assalto em qualquer lugar! Eu mesma já fui assaltada, com arma na
cabeça, com uma neta de três anos e meio na mão, com minha filha na direção,
sendo ameaçada com outro revólver, às 18h! E o Vereador vem aqui, com todo o
respeito, cumprimentar o Governador Tarso Genro?! Eu esperei muito mais de um
ex-Ministro da Justiça, de uma pessoa que usou o discurso da Segurança Pública
para se eleger.
Eu tenho certeza de
que todas as mulheres que são mães, como eu, se tornam zumbis na sexta-feira à
noite, quando os filhos saem; a gente não sabe se eles voltam para casa! Por
quê? Porque Segurança se faz com policiamento ostensivo. E isso ninguém vê nas
ruas de Porto Alegre.
Ora, não me venham,
então, apresentar um planejamento agora, em junho, na reta final, quase
terminando o Governo. O povo esperou muito mais. Eu esperei muito mais. Como eu
digo, Segurança Pública não tem sigla partidária, não tem ideologia política:
Segurança Pública é uma obrigação de todo governante para oferecer o direito de
ir e vir com segurança a todo cidadão gaúcho.
Quero só fazer um
alerta, aqui, sobre a planilha que eu tenho da Secretaria de Estado de
Segurança: quanto ao investimento que temos, há dois itens em que é zero! Zero!
No aprimoramento, no aparelhamento do IGP, na estrutura do Centro de
Reabilitação para os policiais militares, e por aí afora...
Ora, senhores,
façam-me o favor! Eu não gosto que subestimem a minha inteligência! Eu
acompanho Segurança em todos os momentos da minha vida. Sou filha de policial,
com muito orgulho. Está aqui, tenho todas as matérias (Mostra documentos.)
sobre o aumento do número de assaltos nesta Cidade. Isto é uma guerrilha
urbana! Eu mesma, quando saio durante a tarde, às 15h, 16h, 17h, se eu não
estaciono o meu carro num estacionamento, eu prefiro andar de táxi, porque o
número de roubos de carros só aumenta na nossa Cidade. Então, é muito tarde
para que este Governo venha com algum projeto de cercamento, de investimento
nessa área. Não é possível! Sinto-me especialmente entristecida com a falta de
responsabilidade do Governo do PT na área da Segurança. Nós estamos perdendo
vidas! Famílias estão sendo dilaceradas pelo crime, pelo crime organizado, pelo
assalto, pela bandidagem. E a bandidagem aumenta e se aprimora a cada dia! Por
favor, eu não poderia, de forma alguma, parabenizar o nosso Governador Tarso
Genro. Não! Eu digo o seguinte: mexa-se, Governador, porque o povo está
morrendo nas ruas!
(Não revisado pela
oradora.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Encerrado o
período de Comunicações.
Passamos ao
O Ver. Idenir Cecchim
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sra. Presidente,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, pensávamos que esta quinta-feira seria
ensolarada, mas está chovendo; às vezes, isso confunde a cabeça das pessoas,
Ver. Janta. Os funcionários da SMURB... Aliás, uma Secretaria que foi sucateada
nos anos do PT, o planejamento foi sucateado em todos os 16 anos do PT, eles
acabaram com essa Secretaria, acabaram com o planejamento da Cidade e levaram
para o colo quem coordenava a política partidária do PT. Então, não se fazia planejamento;
planejava-se campanha política. Não era planejamento da Cidade; planejavam-se
campanhas políticas do PT. E esqueceram a Secretaria e seus funcionários. Não
sei se há funcionários daquela época lá... (Falha no sistema de som.
Microfonia.)... Deram-me até mais volume para fazer justiça a esses
funcionários. Eu não sei, sinceramente, e desculpem-me a minha ignorância, qual
é a gratificação, mas só queria recordar a vocês e à Ver.ª Sofia Cavedon que se
esqueceu, que, quando foram dadas gratificações para os outros, a Ver.ª Sofia
pedia e discursou bastante a favor. Acho que está certo, ela tinha que lembrar
de vocês naquela época e ela esqueceu. Hoje ela está tentando fazer uma média
com vocês aqui, mas vocês não vão se deixar enganar por isso. A Vereadora até
tem o direito de fazer uma média, Ver. Mario Fraga. Ver. Clàudio Janta, V.Exa.
que é um sindicalista, Presidente da Força Sindical no Rio Grande do Sul,
entende muito bem disto. Não dá para fazer média com os trabalhadores; ou se
faz ou não se faz. Então, a reivindicação pode ser justa, e eu volto a dizer
que não sei qual é a gratificação, mas deve ser justa. Se vocês estão aqui
provavelmente não estão pedindo favor. Se nós estamos aqui para ajudar, nós
temos que falar o que aconteceu: a Ver.ª Sofia defendeu gratificações para os
outros, acho que fez bem, todos nós votamos. Mas que negócio é esse de chegar
aqui e dizer que estão espalhando gratificações? Não estão espalhando; foram
votadas aqui as gratificações. Eu votei também, e podem ter certeza de que se
essa gratificação é legal, é moral, e tenho certeza de que nós vamos discutir e
vamos votar também, mas não dá para deixar ninguém ficar planando na glória
quando não existe glória. As nuvens não são feitas para se caminhar sobre elas,
alguns aviões andam em cima disso, mas aqui não tem muito avião para se fazer
isso, e nós não temos plano de voo para esse tipo de avião.
Quero dizer que a
Ver.ª Sofia pode ficar tranquila quanto às investigações, acho que ela está
nervosa porque ela quase mora dentro do Ministério Público; ela não faz nada
sem estar no Ministério Público, todos os dias. Uma vez eu fui lá no Ministério
Público e ela estava sentada na mesa dos promotores e eu sentado na plateia;
até achei que era funcionária de carreira, mas depois descobri que era só um
sonho dela ser Promotora...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoo, para
que o povo de Porto Alegre saiba e V. Exas. também, a tramitação do PLE nº
018/13, que dispõe sobre o Plano Plurianual para o quadriênio 2014/2017, e dá
outras providências.
Informamos
que este Projeto tem que estar votado, promulgado, até o dia 15 de agosto.
Portanto, os prazos são exíguos para que a análise seja feita e a população se
aproprie do Plano.
O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra em Grande Expediente.
O SR. AIRTO FERRONATO: Minha cara
Presidente; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; senhoras e senhoras, público
que nos acompanha na tarde de hoje; quero, com a atenção de todos, encaminhar
uma Moção de Apoio para que se instale em Porto Alegre um polo naval. A notícia
é boa, é ótima, nós precisamos da atenção de todos, e essencialmente dos Srs.
Vereadores, e que essa nossa voz chegue ao Executivo, até porque hoje lemos
‒ e está estampada na página inicial do Jornal do Comércio a seguinte
manchete: “Burocracia emperra instalação do estaleiro da Ecovix em Porto
Alegre. Empreendimento pode migrar para Itajaí, em Santa
Catarina”. E lá se vai quase um ano de idas e vindas!
Meu caro Ver. Pujol,
a empresa Ecovix tem estaleiros montados na cidade de Rio Grande, no
Superporto, e ali está produzindo plataformas para a Petrobras. E nós temos
conosco o Eduardo, que representa a Empresa em Porto Alegre e no Estado. Lá em
Rio Grande, num contrato bilionário, estão sendo produzidas plataformas para a
Petrobras. São diversas plataformas. Só que pelo que constata a Empresa, lá em
Rio Grande não há infraestrutura nem mão de obra disponíveis para atender um
projeto dessa magnitude. Qual foi a ideia dos empreendedores? Buscar um espaço
para produzir partes da plataforma. E Porto Alegre é a cidade escolhida. E nós
não podemos perder essa possibilidade. Eu não me canso de dizer qual é a ideia:
aqui em Porto Alegre construir partes no Cais e, pela facilidade de logística,
mandar essas partes a Rio Grande e lá se constrói o todo, a plataforma.
O Sr. Idenir Cecchim: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Cumprimentos, Ver. Ferronato. Este assunto é
importantíssimo. Porto Alegre já teve o Estaleiro Só, que construía algumas
embarcações interessantes. E já tem uma vocação. Nós temos muita indústria na
Grande Porto Alegre, onde há soldadores, caldeireiros, uma série de
funcionários. O que ajudou a trancar as intenções de se instalar uma empresa
assim aqui em Porto Alegre, no nosso Cais e na nossa costa, foram os
tranca-ruas, que não são ecologistas. Então, eu acho que nós temos que fazer
esse esforço enorme para trazer, para desburocratizar isso que V. Exa. está
propondo.
O SR. AIRTO FERRONATO: Obrigado. O que nós
precisamos? Precisamos que a Prefeitura acelere, através de seus setores
competentes, o processo para que se instale aqui em Porto Alegre este
equipamento, e que se dará com isso um grande salto de qualidade na utilização
do nosso Cais do Porto, fora da área da Revitalização – portanto, num espaço
correto e adequado para isso. Estamos conclamando: Porto Alegre não pode perder
este investimento! Estamos propondo que todos nós, Vereadores, aprovemos uma
Moção de Apoio à instalação de um estaleiro aqui em Porto Alegre.
O Sr. Clàudio
Janta: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Airto
Ferronato, falo aqui em nome da Bancada do PDT, da qual o Prefeito faz parte,
para dizer que nós apoiamos integralmente essa proposta. Na minha vida, tive
experiência em trabalhar nesse setor de portos – no Rio de Janeiro, em Rio
Grande –, e fizemos muitas eleições nesse setor. E isso está comprovado: em
todas as cidades onde há estaleiros, como em Rio Grande, o crescimento, o
desenvolvimento são maiores. Aqui mesmo, em Porto Alegre, já estão sendo feitas
as barcas que estão atravessando o Lago. Então, acho que se nós tivermos um
grande estaleiro, para construir não só barcas, nós vamos trazer
desenvolvimento para a nossa Cidade e usar a orla.
Além da Bancada, eu trago aqui o apoio da Central
que eu presido no Estado, para estarmos juntos, buscando o que for preciso para
que saia este estaleiro na nossa Cidade.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Agradeço a manifestação. Quero dizer o que o próprio Prefeito disse
quando estivemos em reunião, Ver. Clàudio Janta, que ele está envolvido no
processo, mas que dependemos de uma aceleração, porque se nós demorarmos demais
nessa autorização, corremos o risco de perder esse investimento para Itajaí;
para Vitória, no Espírito Santo, e para uma série de outras cidades. Portanto,
sabemos da importância do projeto, da importância do empreendimento e da
importância da Câmara de Vereadores, todos nós apoiando
uma Moção nesse sentido.
O Sr. Mauro Pinheiro: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Airto Ferronato. Eu quero lhe
dizer que sou solidário, desde já, à sua Moção. Temos que aprová-la de
imediato, e acho que nós, Vereadores desta Casa, temos que nos empenhar para
irmos além. Temos que nos colocar à disposição para trabalhar e conquistar este
empreendimento para Porto Alegre. Obrigado.
O SR. AIRTO FERRONATO: Agradecemos. Consta,
na nota publicada hoje, que existem algumas faltas, ou seja, a apresentação de
documentos. Se existe essa apresentação de documentos, lá, os órgãos
competentes, Ver. Mauro, desde há muito tempo, deveriam tê-los pedido, pela
relevância do que se pretende instalar aqui, Ver. Tarciso. Por outro lado,
temos uma informação aqui da SMAM, dizendo que falta uma autorização da Unidade
de Conservação e Preservação do Parque do Delta do Jacuí. Sobre isso temos o
documento – a Anuência 35/13 – que já autorizou esse investimento. Portanto,
estamos juntos pedindo que haja o apoio e a assinatura de todos para que seja
um documento da Câmara de Vereadores.
Por último, gostaria
de dizer que nós temos construída a primeira linha comercial do Aeromóvel, que
vem do Aeroporto até o Trensurb. Está quase em operação. Nós estamos aqui
esperando, Porto Alegre espera que nos próximos dias seja anunciada a extensão
dessa linha do Aeroporto até as voltas da Arena do Grêmio, servindo os bairros
Humaitá, Navegantes e Farrapos. Vamos deixar este tema para uma outra
oportunidade, mas acreditando que é possível, sim, este anúncio o mais rápido
possível, e é outra obra de fundamental importância para a nossa cidade de
Porto Alegre. Obrigado, e um abraço a todos.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Informo aos
Srs. Vereadores e às Sras. Vereadoras que o Ver. Dr. Thiago ligou. O
Vice-Prefeito entrou em contato com ele dizendo que os Vereadores têm acesso ao
Relatório se assim o desejarem, mas pede que seja formalizado à Presidência
desta Casa, fundamentado à Presidência desta Casa pela preocupação – o Dr. Thiago
me passa – com a divulgação de eventuais nomes de empresas e de pessoas; que a
responsabilidade seja assumida por quem tem vista ao processo. Nós sabemos
dessa responsabilidade. Informo a todos que, a partir da formalização do pedido
de acesso ao Relatório da PROCEMPA, todos terão acesso a ele.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Já estou formalizando, então, o meu pedido para que seja entregue para
mim uma cópia desse relatório.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Certo, Ver. Clàudio Janta. Eu vou, segundo as
orientações que pedi, lhe dizer que formalize por escrito. Eu vou repetir, Ver.
Mario Fraga: recebi um telefonema do Presidente da Casa, que está acompanhando
a filha recém-nascida ao médico, que me disse que está disponibilizado o
Relatório realizado pela Comissão da Prefeitura que fez a análise da PROCEMPA,
desde que o Vereador ou a Vereadora formalize à Presidência da Casa o seu
desejo de tomar ciência dele, para que se responsabilize por eventual
divulgação de nomes. Essa é a informação que passo a V. Exas. O Ver. Clàudio
Janta já solicita... Eu solicito que o faça por escrito; acho importante que
formalize por escrito.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Vereadora-Presidente, eu não sei qual foi o
entendimento da Presidência da Casa com o Vice-Prefeito. Eu quero opinar dizendo
que nós estamos querendo fazer uma novela que não tem nem capítulo iniciado. Já
que a Presidência entende que é humilhante para nós irmos à Prefeitura pegar as
informações, a Presidência que peça que enviem para a Casa o Relatório para
ficar aqui à nossa disposição. Não precisa cada um de nós se manifestar.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem, nós acolhemos os registros.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Até porque eu já havia conversado com o Vice-Prefeito Melo e falaria no
momento oportuno. Acho que é importante; o encaminhamento do Ver. Pujol é
interessante: que a Presidência da Câmara faça um pedido formal para que se
encaminhe um exemplar desse relatório para a Câmara. E que os Vereadores,
depois, um a um, possam pedir, formalmente ou não, para a Presidência da Casa.
Obrigado.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito obrigada, Vereador. Nós imaginamos que V.
Exa., como Líder do Governo, tivesse entrado em contato com o Governo. Então,
estamos todos cientes e pediremos ao Presidente que solicite à Prefeitura para
que se tenha o Relatório nesta Casa. Todos os Vereadores que queiram conhecê-lo
dirijam-se à Presidência da Casa.
O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Obrigado, Presidente. Boa-tarde a todos, Vereadores, Vereadoras, todos
os que nos assistem aqui, ao pessoal das galerias: “Vergonha, gratificação só
para alguns”; eu ouvi atentamente quase todas as falas, Presidente: ouvi a fala
do Mauro Pinheiro, ouvi a do Brasinha. Sabe, Mauro, que eu começo a ficar em
dúvida sobre o que o Vereador pode e o que ele não pode. Lá, quando busquei ser
Vereador, eu sabia que o Vereador é um fiscal da Cidade, isso está na lei. Esse
povo, vamos dizer 70% sofrido, vota no Vereador acreditando que possa mudar
alguma coisa no seu bairro, na sua cidade. E nós temos a obrigação de
fiscalizar. Não sou policial, não prendo ninguém, mas fiscalizar e cobrar eu
acho que isso pode. Se o Vereador não tem mais esse poder, o que estamos
fazendo aqui? O que estamos fazendo aqui se não temos poder de fiscalizar e de
cobrar? O Brasinha é muito meu amigo, é gremista e tudo, mas o Brasinha que me
desculpe porque, quando se fiscaliza e se cobra, não é com intuito de Polícia
Federal.
(Aparte antirregimental do Ver. Reginaldo Pujol.)
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Não, não estou contra, Pujol. Eu estou dizendo que o Brasinha disse que
nós não podemos fiscalizar, que nós não somos polícia. Não é só polícia que
fiscaliza!
Mas o que eu quero falar mesmo... Mauro Pinheiro, a
cada mês – eu assino um jornal aqui em Porto Alegre –, eu levanto de manhã e
pergunto para a minha esposa: o que é que temos hoje na política? E, a cada
mês, aparecem coisas que vocês já citaram. Sinceramente, é lastimável, é uma
vergonha, como está ali, para a cidade de Porto Alegre e para o público de
Porto Alegre. Não vou entrar aqui em detalhes porque é triste.
Mas eu quero dizer uma coisa: eu estou aqui para
lutar pelo povo, essa é a verdade. E vou lutar, Pujol, e vou cobrar! O Humaitá,
onde está a Arena do Grêmio, eu tenho ouvido na imprensa falada que aquela obra
ali é a OAS que tem que fazer; daqui a pouco, é o Município que tem que fazer;
daqui a pouco, é o Governo que tem que fazer. E aquele pessoal, quando chove,
vocês sabem como essa gente sai de casa; que dificuldade! Não sou eu, é o povo
ali que me chama! Faz um ano que eu estou batendo forte e cobrando – a Av. A.J.
Renner, tudo aquilo ali alaga! Não existe pai daquele filho. Aquele filho não
tem pai: “Não, esse filho não é meu, esse filho não é meu, esse filho não é
meu!” De quem será esse filho? Gente, nós vamos ter agora o jogo entre Brasil e
França. Vamos rezar para não chover, senão esse povo que vai ali assistir ao
jogo vai ver uma verdadeira lagoa. A Arena é linda, lá dentro é lindo, mas as
pessoas vão ver uma lagoa em volta, em torno da Arena vai ter uma lagoa,
pessoal; podem ter certeza disso. Eu estou cobrando há um ano, eu não sei mais
de quem cobrar. Uma hora é da OAS, uma hora é do Grêmio, uma hora é do Governo,
outra hora é do Município; eu não sei mais de quem é! Eu acho que é do povo do
Humaitá, eu acho que o povo dali tem que se unir e fazer aquela obra; porque
eles moram ali, aquela obra é deles! Era isso, Presidente, obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra em Grande
Expediente, por cedência de tempo do Ver. Alberto Kopittke.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Sra. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras; pessoal da SMURB
que está aqui, eu os cumprimento e digo que a sua reivindicação nós apoiamos e
dizemos mais: esse problema só existe na Prefeitura Municipal pela falta de
gestão deste Governo que está aí, que não pensa em todos, que escolhe alguns
privilegiados, que trabalha melhor para alguns do que para todos. Nós
discordamos da forma como tem atuado este Governo, dando gratificações e
melhoria de salários apenas para alguns, normalmente para aqueles que já ganham
mais, nunca para a base, aumentando cada vez mais essa diferença. Portanto,
estamos de acordo. Contem com o total apoio deste Vereador e – tenho certeza –
da Bancada do Partido dos Trabalhadores.
Ver.ª Sofia, escutei atentamente as falas que se
seguiram à minha, e quero, novamente, repetir aos Vereadores desta Casa e ao
público que nos assiste através da TVCâmara: a crise não é na PROCEMPA, Ver.
Clàudio Janta; a crise é na Prefeitura Municipal de Porto Alegre! É bom que se
diga que a bomba-PROCEMPA, Ver. Airto Ferronato, Líder do Governo, que explodiu
é apenas uma das tantas que irão explodir neste Governo. E eu venho falando
isso há muito tempo. A bomba que eu não esperava que explodisse, primeiro, foi
a da SMAM, que teve a prisão do Secretário. Agora, a bomba-PROCEMPA, nós
estamos falando há muito tempo que ela estava para explodir, Ver. Clàudio Janta.
E apenas estourou o detonador da bomba! A bomba, em si, ainda vai explodir!
Os problemas da PROCEMPA não iniciaram agora em
2013, eles já vêm se arrastando de 2005 para cá, desde a compra do Sistema
Integrado de Administração Tributária, lá em 2005, quando a PROCEMPA recebeu um
ofício, um documento da Fazenda que pedia que terminasse o projeto em 180 dias.
De imediato, o Presidente da PROCEMPA disse que não conseguiria fazer em 180
dias e que a Fazenda fizesse uma licitação, já dando até o nome da pessoa que
deveria participar da licitação. Isso em 2005!
Esse Sistema, Ver. Janta, só foi instalado em 2012,
depois de muita pressão deste Vereador, que cobrava. Por que cobrava? Porque o
sistema já estava pago, inclusive a sua manutenção, mas não funcionava e nem
instalado estava. E este Vereador denunciou no Ministério Público e no Tribunal
de Contas e, por pressão desses órgãos e deste Vereador, o Secretário da
Fazenda instalou de qualquer jeito, enquanto os funcionários da Fazenda não
queriam que fosse instalado. E deu no que deu: o sistema não funcionou, caiu a
arrecadação do Município, o Município corre riscos, pode haver um caos em Porto
Alegre por conta desse Sistema. Portanto, essa crise vem desde 2005.
Agora, em nosso ponto de vista, o Prefeito, determinando
investigações na PROCEMPA através de uma sindicância, de um grupo de pessoas
que apresenta um relatório... Eu recebi aqui um resumo e, para mim, não tem
nenhuma novidade; nada. Tudo o que está aqui nós já vínhamos denunciando há
muito tempo; o Tribunal de Contas já está apontando isso há muito tempo. Então
não vi nenhuma novidade, pelo menos no resumo. Vamos ver quando recebermos as
mil páginas, como disse o Ver. Mario Fraga. Esperamos que realmente tenham
feito alguma coisa. Mas a única coisa que o Prefeito quis fazer foi antecipar
uma coisa que já ia acontecer, pois o Ministério Público Federal, Estadual, o
Tribunal de Contas, a Polícia, estão todos investigando. São coisas que iriam
acontecer ao natural. Ele só tentou dizer que estava investigando. Mas,
investigando, é o que todo mundo já sabe. Ele só quis ser republicano, Ver.
Airto Ferronato. Agora, Ver. Tarciso, a pergunta que fica é a seguinte: por que
a Prefeitura não tomou essas providências em 2005, 2006, 2007, 2008, 2009,
2010, 2011, 2012, e, só agora, em 2013? Por que não antes? Só porque agora a
bomba está explodindo? São perguntas que não podem calar. Outra pergunta
importante: onde estava, em todo esse período – Ver. Airto Ferronato, que
conhece bem –, a Auditoria-Geral da Secretaria Municipal da Fazenda? Por que
não auditaram antes? Não encontraram nada antes, nesse período de oito anos? E
o Prefeito Fortunati não pode falar que não conhece o sistema, que não estava
dentro do Governo. Ele foi Vice-Prefeito da gestão da Frente Popular, foi
Secretário de Planejamento deste Governo, foi Vice-Prefeito, foi Prefeito em
2011 e em 2012. Então, em todos esses anos, nada ele viu? Nada ele sabia? Só
foi descobrir que tinha problemas e mandou verificar em 2013, Ver. Clàudio
Janta? Eu não entendo por que não fez isso antes. Será que ele não sabia? Eu
acho que ele não queria saber. Eu pergunto também ao Prefeito se ele não notou
nenhuma diferença no seu Chefe de Gabinete ou na sua esposa. Só foi notar
agora? Ele recebeu R$ 32 mil na sua conta para arrumar os dentes, Ver. Clàudio
Janta; R$ 32 mil tem que mudar alguma coisa no perfil. Eu converso com meu
Chefe de gabinete todo o dia. Ele não notou nada de diferente? Não sabia de
nada? Mas R$ 32 mil na conta do Chefe de Gabinete do Prefeito, e ele não sabia
de nada! Eu não consigo compreender... Como é difícil, Ver. Clàudio Janta!
O Sr. Alberto
Kopittke: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, colega
Mauro Pinheiro, cumprimento-o pelo Grande Expediente. Quando iniciei meu
mandato aqui na Casa, em janeiro deste ano, ouvi uma fala do Prefeito, na
imprensa, dizendo que a Bancada do PT lhe fazia críticas pessoais, que não
estavam de acordo com o ambiente democrático. Quero lhe dizer que, nestes seis
meses em que estou na Casa, tenho visto os meus colegas trazendo temas que têm
se comprovado, um a um, sobre o Erário, sobre o dinheiro do cidadão de Porto
Alegre, nos mais diversos órgãos: na SMAM, na SMURB, na antiga gestão da
Secretaria da Juventude... Debatemos aqui questões ligadas ao DEP, ao Conduto
Forçado Álvaro Chaves, e agora esses temas na PROCEMPA. Fico me perguntando...
O Prefeito usou muito a expressão os “caranguejos”. Pois os “caranguejos” de
Porto Alegre estão aparecendo dentro da administração de Porto Alegre, os que
vivem na lama, que vivem casos de corrupção que envergonham Porto Alegre, que
já foi um grande símbolo de participação cidadã do País e para o mundo, e que
agora aparece no jornal Nacional a cada 15 dias com casos de corrupção em
operações. Então, se o Prefeito efetivamente quiser se livrar dos caranguejos,
ele tem um grande trabalho pela frente, e nós estamos aqui cumprindo a missão
constitucional que nos é devida, que é a garantia primeira da democracia, que é
o direito de oposição e de ajudar a Cidade a ter transparência e botar a
corrupção para fora da administração pública. Muito obrigado.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Obrigado, Ver. Alberto. Continuando, o Prefeito Fortunati será que não
sabia que tinha dois CCs que eram nomeados na PROCEMPA e trabalhavam no
Gabinete do Prefeito? Será que ele não sabia? Será que o Prefeito também não
sabia que os CCs são nomeados para trabalhar onde são nomeados, Ver. Sabino? Ou
podem nomear em qualquer lugar, e mandam para cá e mandam para lá, ou nem
precisa trabalhar, como era o caso da Procempa, que tinha CCs que nem iam?
Inclusive, Ver. Reginaldo Pujol, tem a história, que me contaram, e que
acredito que seja real, de dois CCs da PROCEMPA em que um não sabia que o outro
era CC. Eles um dia se encontraram por acaso na PROCEMPA, e um disse para o
outro: “Fulano, há quanto tempo que não te vejo! Por onde tu andas? Temos de
marcar um churrasco para colocar a conversa em dia”. “Mas eu estou aqui, na
PROCEMPA”. “Mas eu também estou!” “Mas eu nunca te vi!” “Mas eu, também, nunca
te vi.” “É que eu não venho!”.
Então, essa é a forma de trabalho de alguns CCs da
Prefeitura Municipal. Mas será que o Prefeito não sabia, Ver. Sabino? Será que
o Prefeito não sabia, Ver. Mario Fraga? Mas eu quero lembrar, Ver. Mario Fraga,
que o Prefeito Fortunati foi Vice-Prefeito da Frente Popular, e lá não era
assim que ele trabalhava, porque a Frente Popular trabalhava diferente. É bom
que ele lembre daquele tempo, como funcionavam as coisas, como funcionava a
PROCEMPA, e que, na época, havia 10 CCs. E os 10 CCs tinham de ir trabalhar!
Hoje já chegamos a ter 62, por isso, tem muito, não dá para controlar, acho que
o sistema não pega todos. Por isso é que alguns podem ficar em casa, ou não tem
lugar para todos. Faltam cadeiras, Ver. Reginaldo Pujol. De estagiários, havia
172, mais sessenta e poucos CCs. Acho que não cabem todos na PROCEMPA, pois
isso que eles não iam. Isso é economicidade, o que talvez não tivesse ocorrido
na hora da licitação. A PROCEMPA, no Governo da Frente Popular, tinha técnicos;
hoje, tínhamos pessoas que não eram técnicos. O próprio Prefeito disse que era
uma organização. Ao invés de técnicos era uma quadrilha, pelo que se está
vendo, pelo que o próprio Prefeito disse e pelos documentos que a gente tem
lido.
Mas quero fazer umas perguntinhas ao Governo, se os
líderes do Governo puderem responder. A PROCEMPA realizou muitos eventos,
eventos caros, gastou em torno de 9,5 milhões nesses anos. Mas o seu André
Imar, que caiu, será que a responsabilidade era só dele? Era ele que escolhia
os eventos patrocinados? Era ele que escolhia os livros para patrocinar? Era
ele quem decidia tudo, ou ele cumpria ordens? Quem solicitou, por exemplo, para
a PROCEMPA fazer a festa de aniversário da Cidade em 2012? Quem solicitou? Foi
ideia do André; do Presidente da PROCEMPA? Quanto custou a festa de aniversário
da Cidade, em 2012, Ver. Mario Fraga? Pergunto: houve licitação para os
contratos, Ver. Clàudio Janta? Pergunto também quem solicitou para a PROCEMPA
fazer a árvore de Natal, em 2011. Quanto custou a árvore de Natal? Houve
licitação?
Agora quero ler como funcionava a PROCEMPA, como o
André escolhia os eventos. Vou dar um único exemplo. Tenho vários ofícios aqui,
mas quero mostrar um ofício. Quero que os Vereadores prestem atenção. O senhor
e a senhora que estão em casa e que vão a um posto de saúde, onde não tem
médico; saibam que assim é tratado o dinheiro público da sua Capital, da sua
cidade. (Lê.): “Porto Alegre, 03 de setembro de 2012. Ofício 1099/2012.
Assunto: Apoio para reimpressão de 1.000 livros. Prezado Diretor Presidente: Ao
cumprimentá-lo, solicito o apoio da Procempa, para reimpressão de 1.000 livros
– Porto Alegre do Fotógrafo Eurico Salis – para ser entregue aos participantes
do Seminário Internacional de Segurança para Copa do Mundo de 2014 no Brasil,
que será realizado no próximo dia 10/10/2012, em Porto Alegre, no clube Sogipa.
O material deverá ser confeccionado com capa dura, 168 páginas, sobrecapa, 4x1
cores tinta escala, em papel couchê opaco 170g. O sistema de impressão será
CTP. O valor do apoio será de R$ 69.394,00. [Esse é barato, não é Ver. Clàudio
Janta?] A empresa que fará a reimpressão do Livro Porto Alegre será a Impresul
Serviços Gráficos e Editora Ltda. [Tem o valor, onde fazer, para quem fazer.]
Cordialmente, Urbano Schmitt, Secretário Municipal de Gestão e Acompanhamento
Estratégicos”. Esse é o responsável pela gestão, que não passa o aumento dos
funcionários que ganham pouco, que não coloca médico no posto de saúde. Esse é
para o amigo (Lê.): “Ao Diretor Presidente da Companhia Processamento de Dados
de Porto Alegre, André Imar”.
Então, é assim que funcionava, Ver. Mario Fraga?
Aos amigos, não precisa licitação, não precisa nada, basta um ofício de um
Secretário, de um Diretor. E assim é administrada a Prefeitura Municipal de Porto
Alegre.
Este é um ofício, tenho vários, e vou passar a
lê-los nesta tribuna. Esta é a forma de gestão da Prefeitura Municipal de Porto
Alegre: sem licitação, aos amigos do rei, tudo; ao povo, nada.
Só quero entregar aqui à Ver.ª Sofia o pedido deste
Vereador, que o subscreve, solicitando que seja fornecida uma cópia do
relatório produzido pelo grupo de trabalho, nomeado pelo Prefeito, para
investigar as suspeitas de irregularidades ocorridas na PROCEMPA.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Mauro Pinheiro procede à entrega do
Requerimento à Ver.ª Sofia Cavedon.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Recebo, então, em nome do Presidente da Casa. Ver.
Mauro, com certeza, V. Exa. terá logo, na segunda-feira, cópia do Relatório.
Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Mauro
Pinheiro (Lê): “Sr. Presidente, o Vereador que este subscreve, solicita que
seja fornecida uma cópia do Relatório produzido pelo grupo de trabalho nomeado
pelo Prefeito para investigar as suspeitas de irregularidades ocorridas na Procempa.
Atenciosamente, Ver. Mauro Pinheiro”.
O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, é um papel, mas
o Ver. Mauro vem aqui, por 20 minutos, falar sobre um papel. Vou começar pelo
final: quem financia eventos no nosso Governo do Estado, Ver. Pujol? É o
Banrisul, Ver. Mauro. E eu não acredito que o Governador Tarso, o nosso
Governador Tarso, Governador do Estado dos gaúchos, a cada pequeno
ou médio evento, vai ao Banrisul, com uma caneta esferográfica, assinar o
patrocínio de um evento. Temos algo bem maior para fazer, o Governador tem, e o
Prefeito, por conseguinte, também tem. Ver. Mauro, são tantas indagações com a
mesma resposta: o financiamento de eventos. O Ver. Mauro vem trazer o evento da
árvore de Natal. Pelo amor de Deus, vamos clamar aqui que o papai-noel baixe
sobre a cabeça luminosa do Ver. Mauro! A árvore de Natal é o problema. V. Exa.
se esqueceu de nominar os grandes eventos que sempre tiveram o meu apoio, desde
1989, com o mandato do Prefeito Olívio Dutra. Os eventos do OP e os eventos do
Fórum Social Mundial só aconteceram em Porto Alegre, porque o Poder Público
financiou, o Poder Público pagou. Não podemos esperar diferente.
Portanto, quando
começou o movimento para investigar a PROCEMPA? Não foi ninguém senão a
capitania, o protagonismo do Prefeito Municipal. Foi ele que determinou. Quando
a imprensa trouxe as informações, elas já tinham sido buscadas pela
Controladoria-Geral do Município. O Ver. Mauro, até da Controladoria-Geral do
Município, está impondo a responsabilidade e culpa.
Precisamos preservar
as autoridades, buscar as irregularidades, com serenidade, e não fazer um
discurso para a plateia. De discursos para a plateia o povo brasileiro já está
bastante cansado. Eu fui oposição, por três mandatos, aqui dentro. Fale com os
então Governadores do PT, Olívio Dutra, Tarso Genro, para ver
como eu manifestava, como eu me comportava e por que sou Líder do Governo hoje.
Fazem oposição por oposição, trazem discursos que enlameiam a todos, inclusive
o Prefeito. Essa é uma oposição arcaica, atrasada e irresponsável! Nós não
podemos dizer que a culpa é de todos! Antes de se trazer críticas e acusações
desse nível, é preciso de provas! Não dá para fazer uma oposição a base de
“tudo errado” e rezar até para o papai-noel para que dê tudo errado! Não está
dando errado porque o papai-noel está do nosso lado, o bom velhinho...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sra. Presidente, Ver.ª Sofia Cavedon; Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, público que nos assiste aqui hoje nas galerias, e os que nos
assistem em casa, pela TVCâmara, eu tinha tantas coisas para falar neste espaço
de Liderança – hoje, o Congresso Nacional concedeu mais um direito aos
trabalhadores, que é levar os seus filhos aos médicos, ou seja, quem tem filho
com deficiência pode pedir licença para acompanhá-lo até sete dias ao ano –,
mas esse caso da PROCEMPA me obriga a usar este espaço para falar sobre isso.
Eu acho que hoje, no Brasil, todos nós – o povo brasileiro – estamos procurando
sanar os fatos. Nós demos um voto de confiança ao Presidente Luiz Inácio Lula
da Silva quando ele disse que não sabia do mensalão e de todos os escândalos
que nós vimos na República do Brasil; que não tinha como saber o que aconteceu
na cozinha, na sala de sua casa, não sabia o que os seus filhos estavam
fazendo. E o Prefeito José Fortunati, quando soube o que estava acontecendo na cozinha, na sala de sua casa, tomou providências. Volto a dizer ao
Ver. Mauro Pinheiro: o Prefeito tomou providências; eu estou aguardando essas
providências, e acredito que as providências estão sendo necessárias. Hoje o
Prefeito disse que vai afastar mais gente ainda, vai afastar os CCs, botou na
presidência da empresa uma pessoa capacitada tecnicamente, moralmente. Agora, a
questão dos patrocínios, eu já citei alguns e vou citar outros. Eu acho que a
PROCEMPA patrocinar o Fórum Social Mundial, o Congresso Nacional das Cidades,
patrocinar eventos como a árvore de Natal, patrocinar o aniversário da nossa
Cidade, patrocinar eventos que tragam o turismo para a nossa Cidade é algo
salutar. Agora, o que não pode é a Petrobras patrocinar o Flamengo! O que não
pode é a Caixa Econômica Federal patrocinar o Corinthians! O que não pode é o
BNDES, em que eu sou Conselheiro licenciado, patrocinar filmezinhos da Rede
Globo e do Telecine. (Palmas.) Aí não pode! Não pode patrocinar o nosso 1º de
maio das centrais. Não pode! Dinheiro público tem que ser gasto para o público,
dinheiro público tem que ser gasto para trazer o Fórum Social Mundial e
promover esta Cidade. Se tem erro na PROCEMPA, nós vamos averiguar os erros,
nós vamos botar na cadeia quem roubou o dinheiro público; agora, a PROCEMPA vai
ser preservada! É uma obrigação dos 36 Vereadores desta Casa preservar essa
empresa. Essa empresa não pode ser vendida, essa empresa não pode ser
privatizada, essa empresa não pode ser entregue para as telecomunicações, essa
empresa não pode ser entregue para quem está explorando. Essa é a garantia que
nós temos que atender!
O Ver. Alberto
Kopittke esteve lá nos Estados Unidos.
(Aparte
antirregimental do Ver. Alberto Kopittke.)
O SR. CLÀUDIO JANTA: Não, não estou
falando nada disso, Vereador, nada disso. Mas quantas daquelas empresas que
foram visitadas, quando conhecerem a capacidade tecnológica da PROCEMPA, não
vão querer a PROCEMPA? As companhias telefônicas – e hoje de manhã, aqui, na
CPI, ouvimos barbáries – não vão querer a PROCEMPA? As empresas de
telecomunicações podem deter um monopólio; não vão querer a PROCEMPA? O
Prefeito, como o Presidente Lula, como a Presidente Dilma Rousseff e como o
Governador Tarso Genro, estão limpando a casa; estão fazendo a sua lição de
casa, como qualquer um de nós. Famílias grandes, com cinco ou seis irmãos, se
um cair no crime, toda a família é criminosa? Não! Toda a família Janta é criminosa
se um Janta cair no crime? Eu acho que não. Se há pessoas que fizeram coisas
erradas na PROCEMPA, elas serão punidas, com certeza serão punidas.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alberto
Kopittke está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALBERTO KOPITTKE: Caros colegas, esse é
um debate da mais alta relevância, porque, de fato, nós estamos tratando da
função do Parlamento, da função da oposição. Eu respeito muito, por exemplo, o
Ver. Janta, porque mesmo sendo de outro Partido, sempre defende quando há
avanços do Governo Dilma, e também sempre traz críticas quando é necessário.
Isso é autonomia, ele tem função parlamentar, representa um segmento social
para isso, e o cumpre – mesmo que eu divirja de suas colocações.
Existe uma diferença
muito importante – que o Ver. Cecchim muitas vezes faz, e eu tomo a liberdade
de citá-lo aqui, porque isso é um debate – em misturar Partidos com pessoas.
Nós, em nenhum momento, nas falas do Ver. Mauro, da Ver.ª Sofia, misturamos ou
confundimos Partidos com pessoas. Pessoas cometem delitos, cometem crimes;
Partidos não. Não é o Partido da pessoa que cometeu, que está comprometido. Eu
vejo esse exercício, que é antidemocrático, de procurar sempre... como em
algumas frases referentes ao Mensalão. E eu quero dizer – não é um assunto
obviamente agradável de ser dito – que foi no nosso Governo, com a Polícia
Federal, que o Mensalão foi investigado; com os Ministros do Supremo, com
maioria indicada pelo Presidente Lula, que os culpados foram condenados. Este é
o novo Brasil, doa a quem doer! Mas não dá – quero falar aqui com o nosso Líder
do Governo – para chamar de arcaica uma oposição que, em seis meses, nós
tratamos dos temas que vou citar. Passagem de ônibus. Nos chamaram aqui de
tudo, de equivocados, de atrasados. O povo, os jovens da Cidade foram para a
rua, o Judiciário garantiu, derrubou o preço da passagem! O Conduto Álvaro
Chaves, quando rompeu, vieram aqui e disseram que era a chuva. Um mês depois,
saiu o parecer, não foi a chuva, foi mal construído; uma obra que custou 20%
acima do permitido pela lei. O sistema SIAT, que o Ver. Mauro traz aqui, custou
à Cidade um não aumento de arrecadação de pelo menos R$ 20 milhões, segundo a
Aiamu. E, agora, já está sendo cuidado pela Polícia. Um Secretário preso, uma
operação na SMOV. O ProJovem sendo investigado; o ProJovem de outros tempos. E
o Diretor da Carris que também já caiu! Isso não é oposição arcaica! Não dá
para nós fecharmos os olhos! Não dá para ser avestruz, colocar a cara dentro da
terra e não enxergar os problemas de corrupção que estão acontecendo! E não dá
para, depois de o fato consumado, dizer que tentou investigar ou que fez a
investigação antes! Não é correto! E está errada essa visão de que nós estamos aqui
atacando tudo e todos! Ontem mesmo, e hoje de manhã, na TVCâmara, eu fiz um
debate saudando a iniciativa pela Lei de Incentivo à Inovação! Já saudei outras
iniciativas do Executivo, e assim faremos, mesmo que a situação não queira
dialogar. Nós queremos dialogar sobre os bons pontos da Cidade, mas a Situação
tem que aprender a assumir os problemas que estão ocorrendo de forma quase
generalizada na Administração Municipal em relação à corrupção. Isso não é
culpa do Prefeito, mas é responsabilidade dele tomar as devidas providências
antes de os fatos acontecerem!
Nós estamos, agora,
recuperando fatos de corrupção de quatro, cinco anos, que a Bancada do PT vem
aqui apresentando, uma após a outra! Envia Pedido de Informações, não recebe
resposta; pede processo, dizem que não podem enviar; não dão acesso a
documentos. Esse é o atraso! Esse é o arcaísmo que não pode mais existir aqui
em Porto Alegre! E por isso o Prefeito tentou deslegitimar a oposição, dizendo
que a oposição é um atraso! Oposição é avanço, e os grandes homens
democráticos, Ver. Pujol, têm que saudar as oposições que apontam os erros dos
governos! Esse é o nosso papel, e nós não vamos
abrir mão dele e nem de dialogar, quando se tem que dialogar sobre as boas
propostas para a Cidade. Esse é o nosso papel e para isso fomos eleitos pelo
povo de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sra. Presidente,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; eu pediria ao Ver. Mauro que olhasse bem
para mim aqui: eu estou diferente, Vereador? O Prefeito Fortunati me viu hoje e
não me achou diferente! E eu coloquei três implantes no dia de hoje, numa série
sucessiva de tratamentos odontológicos que venho fazendo à minha custa! Então,
não queira que o Prefeito Fortunati seja visionário da dentadura de seus
colaboradores! Eu vou dizer a V. Exa. o seguinte: eu tenho muito apreço por V.
Exa. e vou escrever uma cartinha ao papai-noel pedindo que ele lhe perdoe por
V. Exa. ter impugnado a festa de Natal, a colocação do pinheiro cristão na
cidade de Porto Alegre, que é uma tradição quase centenária da nossa Capital.
Aliás, acho que V. Exa. tem razão em um particular – esse assunto não começou
hoje, Ver. Tarciso, nem ontem, começou há muito tempo, Ver. Janta: esse assunto
começou exatamente naquele momento em que, desta tribuna, o então Ver. José
Fortunati informou a sua decisão em abandonar o Partido dos Trabalhadores e
ingressar no Partido Democrático Trabalhista. De lá para cá, as coisas vêm se
sucedendo. E parece que o Ver. Fortunati, hoje Prefeito, ainda não foi perdoado
por alguns setores do Partido, mesmo reconhecendo que a Presidente da República
dispensa a ele as maiores e melhores considerações em respeito ao bom trabalho
que ele faz na cidade de Porto Alegre.
Ora, Sra. Presidente,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, o Janta já falou com toda propriedade das
festas realizadas em Porto Alegre com o patrocínio do
Poder Público Municipal. Não sou Vereador de oposição; não sou Vereador de
situação; não sou “soldadinho do passo certo” nem um “concordino” absoluto. V.
Exa., Ver. Alberto, que é um bom Vereador, pergunte para um mais antigo como
eu, como homem de oposição, me portava com o seu Governo, na ocasião, tanto
aqui quanto na Assembleia Legislativa do Estado. Então, não preciso receber
lição sobre este particular. É por isso que estou aplaudindo a cautela do
Governo do Município em não permitir que um relatório unilateral, que não
passou pelo crivo do contraditório, seja divulgado nas esquinas de Porto Alegre
como um fato terminativo.
Ora, a oposição de
Porto Alegre, que tem que responder, inclusive, pelo Governo do Estado e pelo
Governo Federal, tem que entender o seguinte: uma denúncia não é uma
condenação; uma denúncia é uma denúncia, poderá ou não ser comprovada.
O Prefeito Fortunati,
Ver. Tarciso, informado, no início desse seu novo Governo, de situações no
mínimo nebulosas na empresa PROCEMPA, diligenciou, quieto, sem nenhuma
divulgação, como tem que ser uma boa investigação, para que uma comissão
insuspeita fosse levantar aquilo que seria uma base para uma análise mais
profunda da situação. E, ontem, recebendo este relatório, imediatamente
solicitou uma audiência com o Ministério Público do Estado, e foi entregar esse
relatório para que o Ministério Público promova a averiguação necessária,
complemente a averiguação necessária, porque, como diz muito bem o Prefeito
Fortunati, foram 30 dias de levantamento feito por amostragem, e isso não é o
detalhamento que precisa ser feito.
E o mais importante
ainda: nós, Ver. Kopittke, que defendemos o...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Pujol, o seu microfone estava aberto para a
complementação.
Apregoo o Requerimento, de autoria do Ver. Mario
Fraga, solicitando o relatório da PROCEMPA.
Apregoo o Requerimento, de autoria do Ver. Clàudio
Janta, com igual conteúdo.
(A Ver.ª Fernanda Melchionna assume a presidência
dos trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pela oposição.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Obrigada, Ver.ª Fernanda Melchionna, na presidência; Sras. Vereadoras e
Srs. Vereadores, se há uma questão da qual não podemos ser acusados é de
denuncismo, porque V. Exas. não o fizeram em relação ao jornal Zero Hora. A
Zero Hora fez, por três ou quatro dias, páginas inteiras de denúncias e de
explicitação de fatos da PROCEMPA e eu não vi nenhum Vereador vir aqui, Ver.
Airto Ferronato, e dizer que há um órgão denuncista e irresponsável em Porto
Alegre. Não! Nós só queremos o mesmo tratamento que o jornal Zero Hora recebe.
Estou apenas solicitando o mesmo respeito que V. Exas. destinam a um órgão de
imprensa que foi quem desencadeou as possíveis providências do Prefeito
Fortunati. Porque, senhores, o trabalho – e aí eu discordo um pouco do Ver.
Mauro Pinheiro quando generaliza, dizendo que a Câmara não está fazendo o seu trabalho
– dos Vereadores de oposição é zelar pelo interesse público, uma vez que não
estamos zelando lá no Executivo; estamos na oposição. E zelamos, cá, desde
2005, quando dissemos que o Garipô Selistre respondia por irregularidades no
DMLU e foi lá para a PROCEMPA abrigado, e não trabalhava, ou estava não sei
onde, não sei como. Como outros CCs, altos CCs acolhidos na PROCEMPA, que
trabalhavam em outros lugares; isso se trabalhavam. Como denunciamos na CPI do
Ronaldinho, muitas compras da PROCEMPA! Não se trata só da denúncia de que a
PROCEMPA é processamento de dados e fica fazendo festa. Todos aqui vieram
justificar que a Prefeitura torra dinheiro em árvore de Natal, enquanto o CEMET
– Centro Municipal de Educação de Jovens e Adultos, que tem 800 alunos – jovens,
surdos, cadeirantes, mulheres de 81 anos – não tem alimentação quente, Ver.
Tarciso Flecha Negra, porque não tem cozinha! A quadra é toda quebrada,
rachada, e torram dinheiro em árvore de Natal, torram dinheiro em festa não sei
o que, via PROCEMPA; PROCEMPA! O que a PROCEMPA tem a ver com isso? Está bem, o
recurso humano gasto ali não é problema, mas a PROCEMPA, o Presidente da
PROCEMPA vem sendo apontado por desvio de dinheiro, por malversação de
dinheiro, por compra irregular, apontado e multado há 5 ou 6 anos. E este ano
Fortunati vai limpar a casa?! Ele que, há 5 ou 6 anos, compõe o Governo como
Secretário de Planejamento, Vice-Prefeito, Prefeito; ele sabe, foi notificado,
é sabedor de todas as irregularidades que o Tribunal de Contas vem apontando,
que nós, Vereadores, vimos apontando aqui nesta Casa. Nós queremos saber onde
estão as máquinas fotográficas que a PROCEMPA comprou com recursos, talvez da
Educação, da PROCEMPA, do Governo. Onde está o birô de dentista? Onde está...
como é que, chapinha, Ver. Mauro? Até chapinha para curso de cabeleireiro a
PROCEMPA comprou! E esta Casa denunciou, ponto por ponto, tudo o que tem sido
feito de irregularidade na PROCEMPA, os funcionários apontaram o abuso de CCs.
Agora, Ver. Pujol, V. Exa. não disse o preço do seu tratamento dentário, mas
familiares, CCs da PROCEMPA gastaram 60 mil em tratamento dentário, 48 mil, 50
mil, 38 mil de dinheiro público; público! Trocaram todos os dentes por dente de
ouro?! Quem é que paga um tratamento nesse valor para os seus dentes? Com
dinheiro público, senhores!
E eu concordo com o Mauro quando diz que a crise
não é na PROCEMPA. A crise, o Ver. Kopittke aqui trouxe: o Conduto Forçado, a
SMURB, o DMLU. Olhem aqui: “A empresa que fará capina será a de menor preço”.
(Mostra jornal.) Mas, para ser a de menor preço, Dr. Gil, teve que o Ministério
Público interferir, porque a que ofereceu o menor preço tinha sido
desclassificada, injustamente desclassificada. Essa é a última, e eu acho que o
nosso Prefeito tem que passar a limpo, de cabo a rabo, este Governo; porque é
grave, é sério.
O interesse público está sendo lesado. O SIAT, que
muito foi denunciado aqui pelo Ver. Mauro, cujo pagamento à empresa foi
suspenso agora, não permite que se incluam os milhares de apartamentos vendidos
nesta Cidade. Perdem-se recursos públicos: perde a Saúde, perde a Educação,
perde a Assistência Social, as escolas que não são construídas, e a Cidade com
inúmeros problemas. É isso que a oposição faz: cuidar do interesse público. Não
é um denuncismo, senhores! Tem fatos demais e tem seriedade de menos; e
autoritarismo demais, e democracia de menos.
(Não revisado pela oradora.)
(A Ver.ª Sofia Cavedon reassume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Ver.ª Sofia
Cavedon, obrigada; eu queria primeiro cumprimentar os trabalhadores da SMURB
que lutam por isonomia – acho que é o mínimo – e mostram o clamor do
funcionalismo público municipal em meio a uma campanha salarial, ao mesmo tempo
em que vê o dinheiro público jorrar pelos ralos da corrupção e dos privilégios.
Eu acho, Ver. Reginaldo Pujol, que é mais fácil acreditar em papai-noel do que
acreditar nesse papo de que é tudo uma novidade e, ao saber da novidade, o
Governo está tomando posição.
Há cinco anos, desde
o ano em que estou como Vereadora nesta Casa, eu me lembro das inúmeras
denúncias envolvendo a PROCEMPA, no mínimo, em três aspectos: o amplo cabide de
empregos, e está aí comprovado, porque o Garipô Selistre era investigado em
função das licitações no Pisa, no Socioambiental e, depois das investigações,
ganhou um cargo com salário de mais de R$ 14 mil na PROCEMPA. O ex-Presidente
Municipal do PTB, que foi um dos investigados pelo Ministério Público pela
morte do Eliseu Santos, o Brack, era funcionário da PROCEMPA! Isso foi
denunciado nesta tribuna não por esta Vereadora, mas por outros Vereadores de
oposição. Eu me lembro da Ver.ª Maria Celeste debatendo, Ver. Mauro, a questão
do SIAT: 10 milhões jogados, literalmente, pela janela porque é um sistema que
não funciona para uma empresa que teria todas as condições de desenvolver esse
Sistema para coletar os tributos municipais. Aliás, o problema da PROCEMPA não são os seus
funcionários, não são os trabalhadores porque, na PROCEMPA, os trabalhadores
concursados são extremamente qualificados. O problema da PROCEMPA é a gestão, é
o cabide de emprego, é o “carguismo” para aliar Partidos que compõem a base de
apoio do Governo Fortunati e, inclusive, de outros Governos, porque eu ouço
aqui críticas à Petrobras, mas boa parte dos Partidos que falam da Petrobras
compõe a base do Governo Dilma e compõe a base do Governo Tarso.
Independentemente disso, eu acho que é importante
resgatar essa questão do dinheiro público e dos velhos métodos que levam aos
mesmos resultados. Porque essa prática levou, inclusive, à bandalheira na área
da Saúde, dinheiro que não está investido nos Postos de Saúde da Família da
Capital, onerando o Município em milhões de reais. E aí, o problema, sim, é por
que a PROCEMPA tinha uma máquina de contar dinheiro? O problema é por que jogou
R$ 10 milhões pela janela, terceirizando um sistema que não funciona e que fez
com que a Prefeitura arrecadasse menos IPTU? O problema é por que pagar R$ 300
mil, sem licitação, pois foram fracionados para livros, para isso e para
aquilo, sem nenhum edital, sem nenhuma licitação?! Livro de história da
PROCEMPA eu tenho certeza de que muitos funcionários de lá escreveriam com muita
qualidade técnica e de maneira baratíssima. São milhares e milhares de reais
nessa questão dos livros. E isso tem que ser discutido por esta Casa porque é
inaceitável que venham com esse papo-furado e com esse discurso de que nós não
precisamos discutir porque a Justiça está fazendo, porque o Prefeito está
fazendo. Vocês sabem que esse papo é bem velho! Eu me lembro dele quando foram
roubados R$ 10 milhões da Saúde pública, depois se descobriu que eram mais R$
10 milhões, foram R$ 20 milhões roubados da Saúde pública, quando um Secretário
foi assassinado! Parece faroeste, mas é Porto Alegre! O Secretário Municipal de
Saúde foi assassinado, e o Ministério Público colocou a investigação como crime
encomendado, em função de que o Secretário tinha oitiva na Polícia Federal
sobre a bandalheira e a roubalheira na Secretaria Municipal da Saúde. E esse
papo que vocês falam hoje na tribuna era o mesmo há três anos, papo de que não
precisa investigar porque isso já está sendo feito. Até hoje, no caso da Saúde,
nenhum centavo foi devolvido para o Município de Porto Alegre, e ainda faltam
médicos nos postos, profissionais da área da Saúde e há filas e filas para o
atendimento da nossa população. E, lamentavelmente, nós vemos a situação
reproduzir esse discurso aqui na Câmara Municipal, enquanto abre mão do
principal papel da Câmara de Vereadores, que é fiscalizar o Executivo, que é
garantir que haja investigação e que, sobretudo, o dinheiro da população volte
para os cofres públicos e os envolvidos na corrupção sejam punidos.
(Não revisado pela oradora.)
(O Ver. Clàudio Janta, assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Clàudio Janta): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 0559/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 014/13, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que
inclui inc. III no parágrafo único do art. 15, Título XII-A, com os arts.
222-A, 222-B, 222-C, 222-D e 222-E, e inc. III e § 2º no art. 227, altera a al.
d do inc. I do art. 227 e renomeia o
parágrafo único deste artigo para § 1º, todos na Lei Complementar nº 284, de 26
de outubro de 1993 – Código de Edificações de Porto Alegre –, e alterações
posteriores, obrigando as edificações que especifica a obter Certificado de
Inspeção Predial e dispondo sobre a sua obtenção.
PROC.
Nº 0825/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 058/13, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que
obriga o Legislativo Municipal e os órgãos da Administração Direta e as
entidades da Administração Indireta do Executivo Municipal a utilizarem papéis
de expediente de uso diário confeccionados com papel reciclado e revoga a
Resolução nº 1.547, de 8 de junho de 2001.
PROC.
Nº 0848/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 064/13, de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que institui
o Programa Pré-Natal Odontológico no Município de Porto Alegre.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 0609/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 029/13, de autoria do Ver. Elizandro Sabino, que
denomina Rua Pastor Nils Taranger o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua 33 – Loteamento Presidente Costa e Silva –, localizado no Bairro Rubem
Berta.
PROC.
Nº 0849/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 065/13, de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que
obriga os estabelecimentos com acesso público e os comerciais a veicular, em
sistemas de som interno, mensagens educativas e informativas sobre a
existência, em estacionamentos, de vagas reservadas para o uso por pessoas
idosas, gestantes, com deficiência ou obesas.
PROC.
Nº 1049/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 087/13, de autoria da Verª Any Ortiz, que revoga
o parágrafo único do art. 2º da Lei nº 4.162, de 17 de setembro de 1976 – que
autoriza o funcionamento do serviço de tele-rádio-táxi –, alterada pela Lei nº
5.766, de 11 de julho de 1986, dispondo sobre a tarifa obedecida para esse
serviço.
PROC.
Nº 1235/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 111/13, de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que
obriga o Executivo Municipal a instalar sistema de videomonitoramento nos
pontos fixos de táxi do Município de Porto Alegre.
PROC.
Nº 1376/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 011/13, de autoria do Ver. Mario Fraga, que concede o diploma Honra
ao Mérito à Sociedade Recreativa Cultural Escola de Samba Acadêmicos da Orgia.
PROC.
Nº 1699/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 005/13, que estabelece medidas de incentivo e
apoio à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente empresarial,
acadêmico e social no Município de Porto Alegre e dá outras providências.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Apregoo Requerimento, de autoria da Ver.ª Fernanda
Melchionna, solicitando cópia do Relatório da PROCEMPA.
O Ver. Mario Fraga está com a palavra para discutir
a Pauta.
O SR. MARIO
FRAGA: Sr. Presidente, Ver. Clàudio Janta; colegas de Bancada, Vide-Líder da
Bancada do PDT, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, público da TV Câmara,
público que nos assiste nas galerias. Vou falar nos três Projetos que estão na
Pauta em que tenho interesse. Mas, antes, fugindo um pouquinho, quero dizer que
a Ver.ª Fernanda Melchionna falou tão bem do guarda-chuva da Petrobras, e a
Petrobras e o Banrisul, em seus níveis, se comparam à PROCEMPA. Desculpem, só
para dizer que a Petrobras, o Banrisul e a PROCEMPA são os guarda-chuvas no
Estado, no Município e no Brasil.
Falando em Pauta, tempo em que se discutem os
projetos aqui, queria, mais uma vez, relembrar o projeto da Ver.ª Any Ortiz que
revoga o parágrafo único do art. 2º da Lei nº 4.162, de 17 de setembro de 1976.
O que diz o artigo? Pouca gente se lembra, mas o artigo está em vigor até nos
aprovarmos... se assim os Vereadores e Vereadoras quiserem... Esse artigo
autoriza as empresas de táxi a cobrar ou 10% da corrida, ou meia bandeirada. Ou
seja, hoje, Ver. Clàudio Janta, não está mais em vigor, mas alguns motoristas,
volta e meia, ainda tentam cobrar, e ilegitimamente, o que é pior. Podem cobrar
10% a mais ou meia bandeirada, ilegitimamente. Só que essa lei foi feita em
1976. Naquela época, nós tínhamos trezentos táxis na cidade; hoje, nós temos
quase cinco mil táxis. Então, a Ver.ª Any Ortiz foi feliz quando colocou em
Pauta este Projeto, que tem deste Vereador total apoio.
Também queria falar sobre o Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 005/13, que estabelece medidas de incentivo e apoio à inovação e à
pesquisa científica e tecnológica no ambiente empresarial, acadêmico e social
no Município de Porto Alegre e dá outras providências. Vejam Vossas Excelências
que esse Projeto de Lei que o Prefeito Fortunati está mandando estabelece que
qualquer empresa, qualquer departamento, qualquer autarquia do Governo
Municipal poderá receber incentivos de outras empresas privadas. Não se trata
de Parceria Público-Privada, porque a empresa que fizer a doação para o
Município não terá qualquer retorno – ela só apostará na inovação. Então, eu
dou os parabéns para o nosso Governo, para o Governo Fortunati, quando manda um
projeto que é totalmente apoiado pelos 36 Vereadores. Não há, Ver. Mauro
Pinheiro, quem discorde de um projeto que estabelece medidas de incentivo para
este âmbito.
Por fim,
quero falar do meu Projeto de Lei, que é uma homenagem singela, mas merecida,
para a escola de samba Acadêmicos da Orgia, que fica localizada na Av. Ipiranga
com a Silva Só. Ela já foi de primeiro grupo, de segundo grupo, de terceiro
grupo. Ela é mantida por uma família, ou seja, as escolas são assim, elas são
mantidas por famílias que se dedicam, que gastam o seu dinheiro com elas.
Então, como eu conheço aquela escola há bastante tempo, conheço a família que
está à frente da escola, eu resolvi fazer essa homenagem. Eu estive
frequentando a escola alguns dias nestes três últimos anos, e resolvi, junto
com a nossa assessoria, dar esse prêmio a ela, distinguindo a Escola de Samba
Acadêmicos da Orgia com o Diploma de Honra ao Mérito. Então, agradeço o tempo
que me foi cedido pelo Ver. Clàudio Janta...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Clàudio Janta): Desculpa, Ver. Mario Fraga.
O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, a Pauta tem
inúmeros projetos em discussão preliminar, sendo que boa parte em 2ª Sessão,
isto é, no último dia em que podemos discutir preliminarmente a matéria. Nessa
parte, se insere esse Projeto, comentado pelo Ver. Mario Fraga, que concede o
Diploma de Honra ao Mérito à Sociedade Recreativa
Cultural Escola de Samba Acadêmicos da Orgia, que já teve glórias imensas no
carnaval de Porto Alegre. Eu até peço vênia, Vereador. Se V. Exa. permitir, eu
assino o Projeto junto com V. Exa. por ser altamente meritório e de inteiro
merecimento dessa entidade que hoje, em termos carnavalescos, se encontra numa
situação delicada, mas que já teve os seus momentos de glória.
Mas eu vou, Sr. Presidente, iniciar um
debate que julgo muito importante sobre o Projeto de Lei Complementar proposto
pela Ver.ª Sofia Cavedon, que esteve conosco há até alguns minutos, e que trata
de uma alteração no Código de Edificações, obrigando as edificações a obter
certificado de inspeção predial e dispondo sobre a sua obtenção.
Nessa matéria, Sr. Presidente, este
Vereador e os Vereadores com assento na Casa há mais tempo, inclusive o Ver.
Mauro Pinheiro, podemos observar uma semelhança, uma similitude com o Projeto
do Ver. Todeschini, na legislatura passada, que foi derrotado aqui na Casa.
Então, é um Projeto que começa já tendo, meu caro Vereador, uma ressalva
importantíssima por parte da Procuradoria da Casa (Lê.): “Cabe, apenas,
ressalvar que: a) o conteúdo normativo do artigo 222-B da LC 284/93, na redação
dada pelo artigo 2º do projeto de lei, por regular matéria atinente ao Direito
Civil (institui obrigação de pagamento a determinadas pessoas – pagamento às
expensas do proprietário, do sindico, do gestor, etc), vênia concedida, incide
em violação ao preceito que atribui à União competência para tal (CF, artigo
22, inciso I); b) o conteúdo normativo do artigo 222-C da LC 284/93, na redação
dada pelo artigo 2º do projeto de lei, ao atribuir atividade a órgão municipal,
s.m.j., atrai malferimento ao preceito do artigo 94, inciso IV, da Lei
Orgânica, que defere competência privativa ao Chefe do Poder Executivo para
realizar a gestão do Município”.
Ora, Sr. Presidente, isso por si só é matéria sobre
a qual nós temos que nos aprofundar muito, porque isso compromete o Projeto.
Ademais, esta história de ficar fazendo lei aqui a toda hora, transferindo para
terceiros a obrigação de fazer as coisas e pagar pelas coisas... A Ver.ª Sofia
não deve saber das dificuldades que tem um síndico de dirigir um condomínio,
das dificuldades que a classe média está tendo nos dias atuais, com seus
salários congelados ou subvalorizados. Ora, não dá mais para transferir
incumbências às pessoas sem ao menos consultá-las. A colocação aqui, na
Exposição de Motivos, de que o Código Civil fala em aumentar as...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: ...dos serviços
inerentes ao próprio condomínio não vai ao ponto de gerar essa possibilidade,
de arcar o síndico do prédio – vale dizer, o condomínio – com mais esse encargo financeiro que a Ver.ª Sofia quer estabelecer
com o seu Projeto de Lei. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Clàudio Janta): O Ver. Mauro
Pinheiro está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente, Ver.
Janta; demais Vereadores, Ver.ª Fernanda, Ver. Pujol, realmente, temos alguns
projetos com os quais não concordamos – que nem, talvez, a senhora não
concorde, Ver.ª Sofia Cavedon – mas é importante, às vezes, o debate que os
projetos nos proporcionam. É o caso do Projeto da Ver.ª Sofia, que, no meu
ponto de vista, vai trazer a oportunidade para esta Casa fazer o debate.
Assim como também é
oportuno aqui o Projeto do Ver. Marcelo Sgarbossa, que fala sobre o caso de a
Administração Direta e Indireta do Executivo Municipal utilizarem papéis de
expediente de uso diário confeccionados com papel reciclado. Acho que é uma
medida importante que deve ser vista com o próprio Município sobre a
possibilidade. Nós temos feito debates sobre os cuidados com o meio ambiente e,
às vezes, pode se tomar o cuidado com alguma coisa simples. Mas é uma coisa
que, talvez, com um debate com o Executivo possa se ver realmente se há
condições, qual é o custo, se não vai ter problemas para o Município. Mas acho
que é importante o debate.
O Sr. Reginaldo Pujol: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) No meu entendimento, está revigorando um
Projeto anterior do Ver. Clóvis Ilgenfritz, que a Casa votou, que foi colocado
em prática, mas não sei por que razão deixou de ser cumprido posteriormente.
Parece que tem problemas técnicos envolvendo isso. É muito prematura a minha
colocação.
O SR. MAURO PINHEIRO: É por isso que eu
digo, Vereador: eu concordo com o Projeto, mas prefiro dizer que tem ser
consultado o Executivo, porque, senão, ele já teria, talvez, tomado essa
medida. Mas a preocupação e o espaço para o debate acabam sendo importantes,
porque é uma oportunidade de se trazer à tona este debate.
Assim com o Projeto
do Ver. Delegado Cleiton, que institui o Programa Pré-Natal Odontológico no
Município de Porto Alegre. É um Projeto que nós temos que debater; eu acho
importante a ideia, até porque, nos últimos dias, nós temos debatido muito
sobre planos odontológicos no Município. A PROCEMPA gastou R$ 1,5 milhão com
200 funcionários – talvez seja muito caro –, mas acho que o pré-natal não sai tão caro,
Ver.ª Fernanda. Então, acho que é um debate importante a se fazer no momento
oportuno.
Quero aproveitar, também, Ver. Janta, e responder
algumas questões que não ficaram muito claras. Quando eu falo nos custos de
alguns eventos na Cidade, eventos importantes, como o aniversário da Cidade, a
árvore de Natal, conforme disse o Ver. Ferronato, não é porque eu sou contra os
eventos, assim como também não sou contra a que a PROCEMPA ajude nesses
eventos. A pergunta que eu fiz – e todos me criticaram, mas ninguém me
respondeu – Ver.ª Fernanda, é quanto custou, quem pediu, como foi executado, e
por quem foi executado. Agora, eu tenho certeza que as pessoas que pediram e
que sabem a forma como foi, ficaram preocupadas. Os Vereadores não entenderam
porque não sabem aonde quero chegar. E gostaria que o Líder do Governo perguntasse
ao Governo, então, como foi executada, por quem foi executada, e o preço; e não
somente respondesse, politicamente, como foi feito. Porque a Criassom, a Gálaza
Produções, e o Renato G. Ventimiglia Eventos, esses sabem como foi feito, assim
como o Secretário Busatto, do Município, e outros Secretários também sabem como
foi feito, quem contratou, e quanto custou. Então, é importante que o Líder do
Governo veja como foi, por quem foi, pois aí, sim, nós teremos essas respostas.
E repito: não sou contra que se faça eventos importantes da Cidade. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Clàudio Janta): Não havendo mais inscritos para discutir a Pauta,
e não havendo nada mais a tratar, estão encerrados os trabalhos da presente
Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h11min.)
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